João de Abreu e Caroline Carpenedo, da Suzano: bonds atrelados a metas de diversidade (Germano Lüders/Exame)
Repórter Exame IN
Publicado em 17 de setembro de 2024 às 21h07.
Última atualização em 19 de setembro de 2024 às 15h42.
A resiliência marcou o 2023 da Suzano. O preço da celulose mergulhou, caindo de 850 dólares para 572 dólares por tonelada, o que reduziu a receita da empresa em 20% e o lucro líquido em 40%. Nesse período, a Suzano aumentou os investimentos no Projeto Cerrado, a maior linha de produção de celulose do mundo, com um aporte de 22 bilhões de reais.
Aposta alta da companhia, o projeto reforça a estratégia em diversificar ativos. “A Suzano construiu uma vantagem competitiva muito relevante em razão de seu tamanho e escala”, afirma João Alberto Fernandez de Abreu, que assumiu o comando da Suzano em julho de 2024, quando o Projeto Cerrado entrou em operação — prometendo aumentar a produção em 20% e reduzir o custo médio de produção em 55%.
Tudo isso “respeitando o DNA de sustentabilidade e diversidade” da companhia, uma das poucas a ter bonds atrelados a critérios ambientais e metas de diversidade, como destaca Caroline Carpenedo, vice-presidente de Gente & Gestão, Comunicação e Marca. Até 2025, a Suzano precisa alcançar 30% de lideranças femininas, e faltam apenas 27 mulheres para atingir a meta.
Com quase um terço do mercado de fibra curta, a expectativa é que o novo ativo gere caixa e ajude a reduzir o índice de alavancagem, liberando recursos para fortalecer a internacionalização e entrar em novas categorias, evidenciadas nas compras da Pactiv, nos EUA, e de 15% da Lenzing, fabricante austríaca de celulose solúvel e tecidos. “O mercado é dinâmico, mas a Suzano é uma companhia extremamente bem gerida, o que nos deixa em uma posição bastante favorável para vislumbrar um novo ciclo de crescimento.”