Revista Exame

Dados e Ideias | Desenvolvidos e desconfiados

Metade dos americanos, japoneses e alemães ainda mostra desconfiança em relação à segurança dos carros sem motorista, mostra estudo

EF

Eduardo F. Filho

Publicado em 15 de agosto de 2019 às 05h08.

Última atualização em 15 de agosto de 2019 às 14h46.

A corrida pelo desenvolvimento de carros autônomos vem colocando frente a frente montadoras tradicionais e gigantes da tecnologia como Google e Uber, além da montadora Tesla, do empresário Elon Musk. Mas, se depender da vontade e da confiança dos consumidores, especialmente dos países mais ricos, a tecnologia deve demorar a pegar.

Conforme aponta um estudo da consultoria Deloitte, praticamente metade dos americanos, japoneses e alemães ainda mostra desconfiança em relação à segurança de se locomover em um carro sem motorista. Em nações emergentes, a situação é diferente. México, China e Brasil são os países em que o otimismo com o avanço dos carros autônomos é maior. “Os testes com esse tipo de carro são mais comuns nos países ricos. Por isso, nesses lugares, é maior a probabilidade de ocorrer acidentes que ganham as manchetes”, diz Reynaldo Saad, sócio da Deloitte Brasil. “Por aqui, ainda são feitos poucos testes, e as pessoas mostram maior confiança.” Os brasileiros, no entanto, defendem uma adoção da tecnologia de forma controlada: para 44% dos entrevistados pela Deloitte, os automóveis sem motorista devem circular apenas em horários e áreas restritos.

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