Ronaldo Pereira, o novo conselheiro, e o CEO Caco Bartsch: investimento no e-commerce (Leandro Fonseca/Exame)
Matheus Doliveira
Publicado em 17 de junho de 2021 às 05h44.
Última atualização em 17 de junho de 2021 às 09h35.
Não é preciso ser fashionista para perceber que um par de óculos faz toda a diferença no visual. O preço, no entanto, pode ser empecilho: modelos da Gucci e da Prada podem custar alguns milhares de reais. Tentando resolver essa equação nasceu a Livo, ótica brasileira fundada em 2012 que oferece óculos feitos à mão com custo mais acessível.
O desafio da Livo é ganhar capilaridade em um mercado fragmentado de cerca de 26.000 óticas, liderado por empresas como Óticas Carol, Óticas Diniz e Chilli Beans. Para atingir o objetivo de dobrar o faturamento para 20 milhões de reais em 2021, a empresa conta a partir de agora com Ronaldo Pereira, ex-CEO das Óticas Carol, considerado o “Pelé das óticas”, como conselheiro.
“A Livo tem a vantagem de trabalhar com uma única marca, o que imprime identidade aos óculos”, diz Pereira. Para dar conta do recado, a marca está buscando um aporte de 12 milhões de reais. O objetivo é duplicar o número de lojas, de dez para 20 até o fim do ano. Outra meta é equilibrar a balança entre o online e o digital, que hoje corresponde a 25% das vendas. “O usuário de óculos ainda acha importante poder ir à loja física, mas gosta da facilidade do e-commerce”, diz Caco Bartsch, CEO da Livo.
Entre óculos de grau e escuros o portfólio tem 180 modelos. Com a pandemia, a marca passou a olhar com mais carinho para o e-commerce. Um diferencial da marca, com base em benchmarks como a americana Warby Parker, é oferecer o par de óculos já com a lente de grau, e pela internet. O cliente escolhe a armação de acetato, envia uma foto do rosto e a receita médica. O prazo para receber o produto é de sete dias e o tíquete médio da peça é 600 reais. O mercado está de olho nesse movimento.