Revista Exame

Crescimento de 30% ao ano na Suspensys

Como a Suspensys, fornecedora de eixos e suspensões para as montadoras, mantém uma das taxas mais altas de evolução de receita da autoindústria

Alexandre Gazzi, diretor executivo da Suspensys: "Temos uma gestão enxuta e custos fixos baixos"

Alexandre Gazzi, diretor executivo da Suspensys: "Temos uma gestão enxuta e custos fixos baixos"

DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2011 às 18h58.

A gaúcha Suspensys, fabricante de suspensões e eixos para veículos comerciais, não é uma marca muito conhecida do consumidor final. Seus produtos, no entanto, estão presentes em milhares de carretas e reboques da Randon, empresa gaúcha que detém metade do capital da Suspensys, e também em caminhões e ônibus da Agrale, Ford, Iveco, Mercedes-Benz, Scania, Volkswagen e Volvo.

Desde o início de sua operação, em 2002, a Suspensys vem crescendo à taxa média de 28% ao ano. Em 2008, faturou 490 milhões de dólares e lucrou 31 milhões. Teve a melhor rentabilidade do patrimônio (39,5%) e o melhor índice de liquidez corrente do setor (para cada real de dívida, a empresa dispunha de 2,05 reais no ativo para liquidar o débito no curto prazo). Graças a números como esses, tornou-se a melhor empresa do setor de autoindústria de 2008.

 
Era uma boa oportunidade para a Randon vender os produtos que fazia dentro de casa", diz Alexandre Gazzi, diretor executivo da Suspensys. Em 1997, a área de eixos e suspensões da Randon ganhou vida própria com a criação da Suspensys, uma joint venture entre a Randon e a americana ArvinMeritor, fabricante de sistemas automotivos. Cinco anos depois, a Suspensys entrou em operação com a inauguração de sua fábrica em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.

Suas instalações ficam dentro do complexo industrial da Randon. Isso facilita a sinergia com outras empresas do grupo. Elas dividem áreas como transporte, alimentação, segurança, saúde, tecnologia da informação, recursos humanos e até um novo campo de provas, que deverá ser inaugurado no segundo semestre de 2009, depois de um investimento de 25 milhões de reais.

"As companhias têm autonomia para comprar, produzir e vender. Mas compartilham recursos, o que nos dá uma vantagem competitiva", diz Gazzi. "Temos uma gestão enxuta e nossos custos fixos são baixos, em torno de 10%, o que nos permite trabalhar com margens menores."

Neste ano, com a retração da demanda, a Suspensys prevê queda de 30% em seu volume de vendas. Apesar disso, seus executivos pretendem manter os investimentos previstos no plano plurianual, que cobre o período de 2004 a 2009. No total, serão aplicados 90 milhões de reais em expansão da capacidade de produção, automação, atualização tecnológica, engenharia de produtos e inovação.

Para Gazzi, o momento atual não justifica nenhum tipo de desânimo. "As montadoras na Europa e nos Estados Unidos estão vendendo até 70% menos. A crise está lá. Aqui, estamos com algumas dificuldades, mas administráveis", diz.

Em maio deste ano, a Suspensys inaugurou a operação de peças de reposição, que ocupa uma área de 3 000 metros quadrados e exigiu um investimento de 6 milhões de reais. Os principais clientes para esse segmento de produtos são as grandes empresas de transporte de carga e de passageiros.

A empresa obtém com o mercado de peças de reposição uma receita anual de 50 milhões de reais, o equivalente a 5% de seu faturamento total. A ideia é dobrar o volume do negócio de peças de reposição até 2013. Ao fortalecer sua atuação nesse mercado, a Suspensys procura reduzir sua dependência das encomendas feitas pelas grandes montadoras.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaDesempenhoEdição mm2009EmpresasEquipamentos e peçasgestao-de-negociosIndústriaIndústrias em geralMáquinas e peçasRandonSuspensys

Mais de Revista Exame

Aprenda a receber convidados com muito estilo

"Conseguimos equilibrar sustentabilidade e preço", diz CEO da Riachuelo

Direto do forno: as novidades na cena gastronômica

A festa antes da festa: escolha os looks certos para o Réveillon