Coamo: operação verticalizada para ampliar a margem da operação (Divulgação/Divulgação)
Repórter de Agro
Publicado em 14 de setembro de 2023 às 06h00.
Última atualização em 14 de setembro de 2023 às 07h50.
Em 1970, 79 agricultores se juntaram para formar a cooperativa Coamo, em Campo Mourão, no Paraná. Em 2023, 31.000 associados diretos formam o que se tornou a maior cooperativa do Brasil, depois de chegar a Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Quando olha para a evolução da empresa ao longo das mais de cinco décadas, Airton Galinari, presidente executivo da Coamo, diz que só foi possível acompanhar a expansão do agronegócio brasileiro porque os pilares do cooperativismo sempre se mantiveram vivos. Isso significa que, mesmo diante de safras mais volumosas e desafios de infraestrutura, “a Coamo nunca fechou as portas para o cooperado”.
A consistência histórica e o impacto no mercado foram determinantes para a Coamo ser a recordista em premiações anuais no agronegócio em MELHORES E MAIORES. Todos os anos, diz Galinari, a companhia investe entre 500 milhões e 1 bilhão de reais nas 115 unidades de recebimento de grãos, principalmente visando a amplificação e a qualidade da armazenagem de soja, milho e trigo. “Nós verticalizamos o trigo e temos uma variedade enorme de produtos. Na soja, idem: fazemos óleo, farelo, gorduras. E agora, no milho, estamos produzindo ração e pretendemos ir para o etanol”, diz.
A expansão dos negócios da Coamo também abrange a ampliação da área plantada, por meio da recuperação de pastagens degradadas. Há dez anos, lembra Galinari, as áreas em Mato Grosso do Sul somavam 220.000 hectares, sendo que na safra 2023/2024 a extensão para cultivo chegará a 350.000 hectares. “Falar de governança, com ambiental e social, é falar do próprio coope-rativismo”, diz o executivo.
Para os próximos 50 anos, a Coamo passa a contar sua história com ingredientes contemporâneos: digitalização, inteligência de dados e startups. Assim como em outros segmentos do agronegócio, o cooperativismo compreendeu a importância de acompanhar a modernidade e de colocar algumas soluções do campo direto na tela do celular.
Hoje, de dentro da fazenda, os milhares de produtores conseguem acompanhar a cotação das sacas, programar a retirada de insumos e conferir notas fiscais. Caso algum agricultor cooperado ainda não tenha internet, a empresa se prontifica a facilitar a conectividade. “Todo o necessário para a conectividade nós viabilizamos. O cooperado consegue fazer tudo pelo aplicativo”, diz Galinari.