Eduardo del Giglio, CEO da Caju: ambição de prestar todo tipo de serviço de rh aos clientes (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter
Publicado em 21 de dezembro de 2023 às 06h00.
Última atualização em 21 de dezembro de 2023 às 13h49.
Uma das principais burocracias do ambiente corporativo brasileiro pode estar com os dias contados. Aprovada em 2023, a portabilidade do vale-refeição (VR) e do vale-alimentação (VA) promete dar ao trabalhador a escolha de onde quer gastar esses recursos.
Como ainda não é possível fazer essa transferência, milhões de brasileiros empregados sob o regime CLT andam com o bolso estufado com pelo menos dois cartões: um para o VR e outro para o VA. O saldo de um não pode migrar para o outro cartão. Não raro, a compra de mercadorias baratinhas depende de dois cartões.
As regras rígidas drenam as chances de o mercado de benefícios ir além da comida. Uma mudança para valer deve ficar para o segundo semestre. Até lá, a portabilidade precisa ser regulamentada pelo governo federal.
“Não será um processo simples como alterar conta-salário ou operadora de celular”, diz Júlio Brito, CEO da Swile, uma das empresas do setor. “Precisamos de tecnologia para envolver trabalhadores, times de RH e empresas de benefícios.”
Enquanto isso, o mercado se mexe. Pelo cartão da Swile, em breve será possível pagar despesas corporativas, como viagens e estadias. O da startup Caju já permite gerenciar gastos com psicólogos e academia. Na Pluxee, antiga Sodexo, uma tecnologia já dá ao RH o poder de montar benefícios personalizados.