Campeonato de League of Legends, em São Paulo: 75% dos brasileiros gostam de jogos (Bruno Alvares/Riot Games/Getty Images)
Desenvolvimento de games, até pouco tempo atrás, não remetia a algo da economia brasileira. No entanto, ainda que o país não tenha um Super Mario para chamar de seu, hoje existe em solo nacional um próspero mercado ao redor dos videogames.
Estima-se que quase 75% da população brasileira seja adepta dos jogos em suas diferentes apresentações. Com um consumo capaz de se destacar até em relatórios como o External Development Summit, um dos principais avaliadores do setor, o Brasil está categorizado entre os principais players mundiais no desenvolvimento de games, destinatário cada vez mais frequente de investimentos.
Um sinal desse “Brasil dos games” é que há 1.009 estúdios de desenvolvimento de jogos no país, um salto de 169% em relação a quatro anos atrás, quando o país abrigava apenas 375 empresas desse tipo.
Em plena expansão, o país registra receita com a produção de jogos de aproximadamente 2 bilhões de reais, com crescimento de 6% previsto até o fim de 2022, de acordo com a consultoria Newzoo. Com tanto potencial, um dos efeitos é o interesse de capital estrangeiro por aqui.
No início do ano, o conglomerado de tecnologia chinês Tencent, dono de algumas das principais franquias de games do mundo, entre elas League of Legends e PUBG Mobile, oficializou a abertura de uma operação no Brasil.
Um dos objetivos do gigante de 500 bilhões de dólares é, a partir do Brasil, ampliar a capilaridade da companhia também na América Latina e deixar os jogos que são anunciados aqui com uma cara mais brasileira, por assim dizer.
O mesmo que já faz a Garena, empresa de Singapura que comanda o Free Fire. O jogo de tiro mobile, com 150 milhões de jogadores mensais, tem grande apelo com o público que possui smartphones mais modestos, por contar com gráficos leves.
Para ter essa audiência inteira interessada no título, a empresa aposta em novidades constantes. Vale até incluir personagens com o rosto de famosos, como a cantora Anitta e o DJ Alok — para ficar bem brasileiro.
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