Exposição promovida pela empresa EDP: a concessionária de energia ajudou as multinacionais portuguesas a ter o maior crescimento na receita (Lucas Lacaz Ruiz/Futura Press/Exame)
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2018 às 12h48.
Nos últimos anos, com a recessão, o investimento estrangeiro direto no Brasil vinha diminuindo, mas em 2017 ele começou a dar sinais de reação. De acordo com dados da -Unctad, órgão das Nações Unidas que promove o comércio e o desenvolvimento global, o total de capital estrangeiro que entrou no Brasil para ser aplicado em atividades produtivas em 2017 foi de 60 bilhões de dólares, ante 58 bilhões de dólares no ano anterior. O aumento de 4% contrasta com a queda de 16% dos investimentos estrangeiros diretos no mundo. Ou seja, os estrangeiros parecem voltar a ver o Brasil como um destino atraente.
Prova disso foi o interesse pelos ativos brasileiros vendidos no ano passado por empresas que estavam ajustando as operações — seja pelo impacto da crise, seja em consequência da Operação Lava-Jato. Nove das dez maiores aquisições de companhias na América Latina ocorreram no Brasil (em sete delas, o comprador foi chinês). Os números de MELHORES E MAIORES mostram que o faturamento das multinacionais respondeu à melhora da economia.
No ano passado, dos 16 principais conjuntos de empresas por origem do capital, metade conseguiu elevar as vendas aqui — ante apenas um caso de crescimento das vendas em 2016. As companhias portuguesas tiveram a maior taxa de crescimento das receitas no ano passado (32%), com destaque para a Petrogal e para a EDP, ambas do setor de energia. O avanço foi muito superior ao das multinacionais italianas (14%), que ficaram em segundo lugar em crescimento das vendas no ano passado.