Olaf Scholz, do Partido Social Democrata (SPD): marcando o retorno da esquerda ao poder (AFP/AFP)
Carolina Riveira
Publicado em 16 de dezembro de 2021 às 05h05.
Última atualização em 16 de dezembro de 2021 às 11h17.
Quase no apagar das luzes de 2021, a Alemanha presenciou o fim de uma era. Após 16 anos, Angela Merkel deixou o cargo de chanceler, e tomou posse Olaf Scholz, do rival Partido Social Democrata (SPD). Marcando o retorno da esquerda ao poder, o SPD costurou uma inédita coalizão com os ambientalistas dos Verdes e os liberais do FDP.
Temas bem-vistos pelos progressistas estão no acordo entre as partes, como aumento do salário-mínimo, imigração e transição energética. Já o FDP conseguiu o importante Ministério das Finanças, um plano sem aumento de impostos (nem para os ricos) e a promessa de estabilidade fiscal a partir de 2023.
Tudo somado, o novo governo não deve marcar muitas mudanças bruscas em relação a Merkel, com Scholz sendo visto como “um analista astuto e excelente negociador”, diz Carsten Brzeski, diretor de macro na casa de análise ING, na Alemanha.
O primeiro desafio para sua capacidade de negociação já bate à porta: a nova onda de covid-19, que fez a Alemanha aumentar restrições ao um terço da população que não se vacinou.