Revista Exame

Expedição de dois anos registra as mudanças climáticas no Rio Amazonas

Thomas Peschak explorou por dois anos a Bacia do Rio Amazonas e registrou a importância do ambiente aquático para o equilíbrio da região

Thomas Peschak: o explorador enfrentou diversos desafios para registrar os melhores ângulos da Amazônia (Otto Whitehead/National Geographic/Divulgação)

Thomas Peschak: o explorador enfrentou diversos desafios para registrar os melhores ângulos da Amazônia (Otto Whitehead/National Geographic/Divulgação)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 23 de janeiro de 2025 às 06h00.

Última atualização em 23 de janeiro de 2025 às 10h39.

Thomas Peschak é um nome que ressoa entre os grandes exploradores contemporâneos. Com olhar aventureiro e uma Nikon Z9 em mãos, ele embarcou recentemente em uma missão que foi muito além da fotografia. Em abril de 2022, ao lado de uma equipe formada por sete exploradores e pesquisadores, o fotógrafo alemão deu início à Expedição Perpetual Planet à Amazônia, um projeto da Iniciativa Perpetual Planet, da Rolex em parceria com a National Geographic Society. Durante dois anos, o grupo se dedicou a investigar a Bacia do Rio Amazonas, uma região que, com sua biodiversidade única e 40 milhões de habitantes, é considerada essencial para a saúde do planeta. Agora, os resultados desse trabalho ganham forma no documentário Expedição Amazônia, disponível no Disney+.

Peschak, que iniciou sua carreira como biólogo marinho antes de migrar para o fotojornalismo, oferece uma perspectiva própria sobre a expedição. “Em vez de encontrar tubarões e tartarugas marinhas, agora conheci cobras gigantes, piranhas e botos-cor-de-rosa”, diz, destacando a conexão entre a vida aquática e a floresta tropical. Embora o foco sobre a Amazônia costume abordar as florestas, Peschak e sua equipe buscaram evidenciar a importância dos ecossistemas aquáticos. “As equipes estudaram locais desde o topo dos Andes, onde o rio nasce, até a foz, no Oceano Atlântico”, explica.

Entre as descobertas documentadas pela equipe estão mangues de água doce e o ciclo de vida de espécies como o pirarucu. Mas os desafios também foram evidentes. A seca sem precedentes no Rio Amazonas e o degelo acelerado das montanhas no Peru destacaram a urgência do cuidado com o clima. “Os ribeirinhos contaram que nunca viram o rio tão baixo em sua vida”, diz Peschak. Para ele, a expedição foi a mais singular e desafiadora de sua carreira de 25 anos. “Foi a união da National Geographic com a Rolex, além da ajuda de todos os exploradores, cientistas e membros da comunidade, que tornou essa missão possível”, afirma.

Enquanto uma equipe desbrava o emaranhado de raízes de manguezais no vasto estuário do Rio Amazonas, outra enfrenta a escalada gelada em uma das montanhas mais altas da região para instalar a estação meteorológica mais elevada dos Andes tropicais. Separadas por mais de 2.700 quilômetros, essas iniciativas fazem parte de uma mesma expedição, maior e integrada.

Cada imagem capturada por Peschak é um convite à reflexão sobre o papel da Amazônia na preservação do planeta. Para ele, a mensagem é clara: a Amazônia é mais do que um tesouro natural — é parte essencial da nossa casa comum. Enquanto documenta a beleza dessa região, Peschak nos lembra que a responsabilidade pela proteção desse patrimônio é de todos.


O acessório explorador

Rolex Oyster Perpetual Explorer II: o relógio para o “pior usuário” (Guillaume Megevand/Divulgação)

Frio extremo, calor intenso e grandes inundações. Essas são apenas algumas das condições desafiadoras enfrentadas por Thomas Peschak em seu trabalho como fotógrafo e pesquisador. Para lidar com essas adversidades, ele conta com uma variedade de equipamentos fotográficos, roupas e materiais de acampamento projetados para resistir a situações extremas. “Eu sou muito bom em quebrar coisas”, admite, referindo-se aos diversos equipamentos que não resistiram ao rigor de suas expedições.

Entre os itens que se mostraram indispensáveis está o Rolex Oyster Perpetual Explorer II. Há mais de dois anos, o acessório deixou de ser apenas um relógio para se tornar um aliado em suas jornadas. Peschak destaca a resistência do modelo e a funcionalidade de sua luneta graduada de 24 horas, que permite distinguir entre o dia e a noite, mesmo nas condições mais escuras, facilitando a orientação de exploradores e cientistas.

Lançado em 1971, o Explorer II permanece como um ícone clássico, atualizado ao longo do tempo para garantir ainda mais durabilidade.

Os aficionados da marca costumam dizer, em tom de brincadeira, que quem possui um Explorer II é o “pior usuário”. Uma descrição com a qual Peschak concorda plenamente, dado o rigor a que submete o equipamento em suas missões.

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