Elenco do filme: continuação de produção premiada, agora com maior protagonismo da personagem de Zendaya (última à direita) (Chino Lemus/Warner/Divulgação)
Publicado em 23 de fevereiro de 2024 às 06h00.
Última atualização em 26 de fevereiro de 2024 às 10h55.
Adaptar um livro best-seller para uma produção cinematográfica era um dos sonhos que o diretor franco-canadense Denis Villeneuve começou a realizar há três anos, com o longa Duna (2021), vencedor de seis Oscars. Mas trata-se de um projeto ainda sem desfecho. No dia 29 de fevereiro estreia Duna: Parte 2, o segundo capítulo da trilogia.
A produção é a continuação da história de Paul Atreides, o messias que inicia uma guerra santa para salvar o planeta desértico de Arrakis da exploração da especiaria, item valioso para viagens espaciais e poderoso entorpecente. Em busca de vingança pela exterminação da Casa Atreides, Paul se une aos fremen, povo nativo do deserto de Arrakis, para reequilibrar as forças do universo.
A franquia tem como base as 680 páginas escritas por Frank Herbert, que criou o clássico da ficção científica em 1965. Ainda que a empreitada de Villeneuve não seja inédita, visto que Duna já recebeu outras duas adaptações, sendo um filme de David Lynch (1984) e a série de John Harrison (2000), a nova versão foi a mais premiada.
“Quando você adapta o livro de outra pessoa, o espaço entre a obra original e a sua adaptação dirá muito sobre você”, disse o diretor em um evento na Cidade do México, ao qual EXAME Casual esteve presente. “Em Duna, particularmente, eu tive de ser duro e cruel nas decisões, sobretudo na forma de trazer esse mundo para as imagens. Isso ficou mais claro nessa sequência.”
Para o diretor, a transformação das páginas para os filmes é uma relação pessoal que, no caso de Duna, tomou forma no primeiro filme e se concretizou no segundo. “Ao adaptar o material, você precisa encontrar uma intimidade palpável da sua visão da história, o que aquilo significa para você, o que você procura como cineasta. E, quando encontra essa conexão, você não só adapta como transforma o enredo.”
Se o primeiro longa focou a apresentação do complexo universo de Herbert, dentro das dunas de um planeta com deserto inóspito, o segundo filme se aprofunda nas cenas de ação, intrigas entre os personagens e no poder da fé, inserido dentro de uma geopolítica coberta por injustiças e corrupção.
“Sinto que o primeiro filme foi uma espécie de lançamento das bases para esta segunda produção, que é uma experiência cinematográfica que só Denis poderia ter feito. E estou aproveitando cada momento disso, sempre lembrando que tive a sorte de estar nessa produção. É um sonho que se torna realidade”, diz Timothée Chalamet, que interpreta Paul Atreides.
Para Zendaya, que dá vida a Chani, há um misto de felicidade e responsabilidade de estrelar uma adaptação, desta vez com mais protagonismo. “Sinto-me incrivelmente grata, mas penso também em como é difícil. Duna é algo tão especial, você realmente se sente parte de algo que significa muito para muitas pessoas. O livro traz consigo um grande legado, mas me sinto incrivelmente honrada por fazer parte disso”, diz.
DUNA: Parte 2 | 29 de fevereiro nos cinemas | Com Zendaya, Timothée Chalamet e Florence Pugh
A repórter viajou a convite da Warner Bros. Pictures Brasil
STREAMING
Durante a ocupação nazista de Paris na Segunda Guerra Mundial, Christian Dior trazia beleza e glamour de volta a um mundo em estilhaços por meio de suas criações. Enquanto o estilista ganhava destaque com sua marca, o reinado de Chanel como a estilista mais famosa do mundo era colocado em xeque. Esta é a questão central da série The New Look, que segue as histórias dos criativos e rivais das duas maisons, além da jornada de outros criativos, como Pierre Balmain e Cristóbal Balenciaga.
LIVRO
Com sete nomeações ao Oscar 2024, incluindo categorias como Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Atriz, o longa Maestro narra a história de amor entre Leonard Bernstein e Felicia Cohn Montealegre Bernstein. Para além das telas, a produção também ganhou um livro sobre a jornada criativa de Bradley Cooper, com introdução de Steven Spielberg e outros colaboradores, como os vencedores do Oscar Mark Bridges, Michelle Tesoro, Kazu Hiro e Matthew Libatique.
EXPOSIÇÃO
Aos 77 anos, a cantora baiana é homenageada com mostra no Itaú Cultural
Perto de completar seis décadas de carreira, Maria Bethânia vem sendo homenageada em diferentes instâncias artísticas. Em 2019 a cantora foi enredo da escola de samba Mangueira, que se consagrou campeã naquele ano. Antes disso, conquistou o Prêmio da Música Brasileira, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. E, a partir de março deste ano, a compositora nascida na cidade baiana de Santo Amaro ganhará uma mostra no Itaú Cultural, em São Paulo.
A Ocupação Maria Bethânia abordará aspectos da vida e da obra da artista. A mostra é guiada pela força do entorno afetivo de Bethânia e da presença do território e sincretismo de sua cidade de origem, se desenvolvendo a partir de suas relações com a cultura, tradição e religião brasileiras. A montagem tem curadoria de Bia Lessa, parceira da cantora em outros projetos. Sem ordem cronológica, os dois andares da mostra permitirão uma experiência sensorial, colocando os visitantes em contato com a origem de Bethânia, suas conexões familiares e os temas que permeiam suas obras, como o festivo, a religiosidade, a palavra e a natureza.
Atualmente em turnê com Fevereiros, com shows por capitais brasileiras e pela Europa, a cantora encerrará as apresentações no dia 10 de março, em São Paulo. Para os fãs, trata-se de um pacote completo.
Ocupação Maria Bethânia | Itaú Cultural - Av. Paulista, 149, São Paulo, De 13 de março a 9 de junho
Localizada no bairro das galerias, o Mitte, a Do You Read Me?! oferece, desde 2008, um belo espaço dedicado ao impresso. Livros e revistas de arte, fotografia, moda, design, comida e bebida, literatura, negócios, esportes, música, cinema e até títulos infantis estão disponíveis nas prateleiras.
Visto da vitrine com moldura vermelha, o Magma Shop parece ser uma loja de presentes exclusivos e alguns (muito bons) livros. Mas é só descer a escada que leva até o subsolo para entrar em um universo recheado de revistas de todos os tipos e formatos.
A News and Coffee é o que diz seu nome: um lugar de notícias e café. Isso porque essa banca de revistas e jornais é também uma cafeteria. Ao lado dos periódicos diários e dos cafés há uma seleção de revistas e livros independentes de todo o mundo.
Por Carolina Gehlen