(Bruno Faiotto/Exame)
Laura Pancini
Publicado em 11 de março de 2021 às 05h49.
Jogadores de pôquer já conhecem este modelo na prática. Os tokens são a representação digitalizada de um ativo do mundo real, como as fichas que simbolizam o valor apostado no jogo. Eles começaram a crescer em 2017 e eram voltados inicialmente para a captação de recursos para projetos em blockchain (a rede que garante as transações de moedas digitais).
A diferença deles para os criptoativos como o bitcoin, que têm sua própria rede, é que os tokens podem ser registrados em redes blockchain de terceiros. Isso possibilita levar os tokens a mais empresas de diferentes setores, o que não seria possível — nem seguro — se cada uma delas precisasse desenvolver o próprio blockchain.
Os tokens costumam ser vendidos pelo emissor em seu site, mas em alguns casos são comprados em plataformas especializadas, como Nifty e OpenSea. As possibilidades são incalculáveis. Com os tokens, a tecnologia blockchain ultrapassa a barreira do digital, torna as vendas de ativos mais eficientes, seguras e ágeis, e, claro, reduz custos e aumenta receitas.
Seja para fracionar ativos de investimento, seja para criar artigos digitais colecionáveis, os tokens (ou o processo de “tokenização”) têm o potencial de virar de cabeça para baixo o mercado financeiro.