Partida entre Palmeiras e Flamengo: os dois clubes lideram o ranking de faturamento | Ricardo Moraes/Reuters
André Jankavski
Publicado em 9 de maio de 2019 às 05h10.
Última atualização em 24 de julho de 2019 às 16h55.
No jargão futebolístico, a expressão “tocar a bola de lado” remete a um time que não está tão interessado em buscar um resultado melhor. Essa metáfora explica bem o atual momento financeiro dos clubes brasileiros: após quatro anos de crescimento consistente, um levantamento feito pela consultoria EY apontou que a soma do faturamento das 24 maiores equipes do país ficou estagnada em 5,4 bilhões de reais em 2018.
A liderança está com o clube paulistano Palmeiras, seguido pelo carioca Flamengo. Mas, se as receitas originadas da venda de atletas forem retiradas dessa conta, a situação piora: houve queda de 8% na média. Com isso, uma dúvida surge: os clubes chegaram ao limite de crescimento? “Existe uma demanda reprimida, mas os clubes precisariam mudar a forma de pensar o que é o produto futebol”, diz Pedro Daniel, líder de esportes da EY. Um dos pontos seria a forma de se comunicar com os torcedores, especialmente nas redes sociais, além da oferta de produtos e serviços que agreguem vantagens aos adeptos.
Outro fator que chama a atenção é o nível de endividamento, que aumentou. A pior situação é a do Botafogo, cuja dívida equivale a quatro vezes a receita. Para Daniel, a relação entre dívida e receita não deveria ser mais do que duas vezes.
BANCOS
Se até um tempo atrás conseguir um emprego em um banco era o sonho de muitos jovens, agora, com a proliferação das startups, a nova geração apresenta outras ambições quando o assunto é carreira. Não é para menos que 80% dos banqueiros dizem estar preocupados com a falta de talentos: eles temem que isso afete o crescimento e a capacidade de inovar de suas instituições.
Essa é a conclusão de uma pesquisa da PwC com 235 presidentes de empresas do setor bancário em todo o mundo. “Está difícil para o setor financeiro atrair pessoas com conhecimento tecnológico e capacidade de trabalhar em equipe”, afirma Álvaro Taiar, sócio e líder de serviços financeiros da PwC.