Limírio Filho, da Linea: foco no mercado de suplementos alimentares, presentes em 59% dos lares brasileiros (Leandro Fonseca/Exame)
Mariana Desidério
Publicado em 16 de dezembro de 2021 às 05h29.
Última atualização em 13 de janeiro de 2022 às 13h04.
A paulistana Linea Alimentos, conhecida pelos adoçantes e produtos dietéticos, vai explorar novos mercados em 2022. A companhia acaba de lançar uma linha de alimentos funcionais, que inclui whey protein e chás. “Queremos transitar pelo dia a dia do cliente, seja no café da manhã, seja na sobremesa, seja no lanche, seja no pós-treino”, diz Marcelo Limírio Filho, presidente da Linea. “É assim que ganhamos importância no varejo e no lar do consumidor.”
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Com a nova linha, a marca tem como alvo o consumidor em busca de uma vida mais sarada. Parece negócio de nicho, mas, na verdade, é um mercado gigante: em 2020, 59% dos lares brasileiros tinham pelo menos uma pessoa consumindo suplementos alimentares, alta de 10% sobre 2015, segundo pesquisa da Abiad, associação do setor. O apetite por produtos saudáveis cresceu na pandemia. Segundo a pesquisa, quase metade dos entrevistados que já tinham o hábito de consumir suplementos antes da pandemia acabou por manter ainda mais a linha durante a quarentena.
Para abrir o novo mercado, a Linea espera ampliar a presença da marca em locais de encontro da turma dos exercícios físicos, como academias, body shops e farmácias. O desafio, a partir de agora, será gerenciar os mais de 50.000 pontos de venda da marca pelo país com a nova estratégia. “Vamos comunicar ao varejo e aos clientes que nosso portfólio vai muito além do adoçante”, diz. A Linea tem 180 itens no catálogo, em 27 categorias diferentes, de chocolate a ketchup, tudo sem açúcar. A meta é ser a “Nestlé do zero açúcar”.
A julgar pelo resultado dos últimos meses, a ambição da Linea faz sentido. Lançada na última década, a unidade de negócios dos “não adoçantes” (basicamente todo o restante do portfólio) responde por 54% das receitas projetadas em 210 milhões de reais em 2021, alta de 20% em 12 meses. Com a aposta nos produtos funcionais, a expectativa é avançar de 20% a 25% em 2022.