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Dados e Ideias | A era da “disrupção”

A expressão “inovação disruptiva” foi criada pelo professor Clayton Christensen, de Harvard, para definir tecnologias capazes de transformar um setor

Usina eólica no Ceará: grandes mudanças no setor (Luis Salvatore/Pulsar)

Usina eólica no Ceará: grandes mudanças no setor (Luis Salvatore/Pulsar)

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André Jankavski

Publicado em 1 de agosto de 2019 às 05h16.

Última atualização em 1 de agosto de 2019 às 11h07.

A expressão “inovação disruptiva” foi criada pelo professor americano Clayton Christensen, da Universidade Harvard, para definir tecnologias capazes de transformar por completo um setor. Exemplos de empresas que conseguiram fazer isso não faltam: Uber, Netflix e Amazon estão nesse clube. Para medir o grau de disrupção no mundo, a consultoria Accenture fez um estudo em 18 setores e analisou 10.000 balanços de empresas.

O levantamento examinou 28 indicadores, como taxa de crescimento, lucratividade e investimento em tecnologias digitais. Em conjunto, esses indicadores mostram a capacidade dos setores de inovar e de se adaptar às mudanças — setores com índices mais baixos de disrupção são os mais vulneráveis às transformações. No período de 2011 a 2018, o setor de energia foi o que teve a maior disrupção, puxado, principalmente, pela popularização de novas fontes de geração, como a energia eólica e a solar.

O varejo ficou em segundo lugar graças ao avanço do comércio eletrônico e ao sucesso de empresas como a própria Amazon. Na outra ponta, o setor de turismo ficou na última posição no estudo, com indicador negativo. “A disrupção deve ser uma fonte de inspiração em vez de limitar os esforços de inovação”, diz Omar Abbosh, diretor executivo da consultoria.


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Embora não figure entre os dez maiores mercados de comércio eletrônico do mundo, o Brasil se destaca em um triste levantamento: é o segundo país em fraudes financeiras nessa modalidade do varejo (o México é o líder do ranking). Por aqui, a cada 100 compras, em pelo menos duas os clientes são vítimas de fraudes, como ter o cartão clonado ou comprar em site inexistente, segundo a Konduto, empresa especializada no combate a fraudes digitais.

Nas regiões Norte e Nordeste, a incidência é ainda pior. No Tocantins, 6% das compras dão algum tipo de problema. O que explica esse elevado índice é a baixa maturidade do comércio eletrônico e a falta de hábito dos consumidores de comprar pela internet. Os estados do Sul, por sua vez, mostram os melhores índices. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, 1,2% das transações dão dor de cabeça aos clientes.

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