Emma Stone: protagonista em mistura de drama de época com ficção científica (Atsushi Nishijima/Searchlight Pictures/Divulgação)
Repórter de Casual
Publicado em 25 de janeiro de 2024 às 06h00.
Última atualização em 28 de janeiro de 2024 às 21h18.
Em esquenta para o Oscar, Pobres Criaturas estreia nos cinemas brasileiros com grandes prêmios no currículo, como o Leão de Ouro no Festival Internacional de Cinema de Veneza e no Globo de Ouro como Melhor Filme (Musical ou Comédia) e Melhor Interpretação Feminina, com a protagonista e produtora Emma Stone. Esta não é a primeira colaboração de sucesso entre a atriz americana e o diretor grego Yorgos Lanthimos. Com o filme de época A Favorita (2018), a dupla conquistou dez indicações ao Oscar e sete vitórias no Bafta.
Novamente a produção se passa no passado, em 1880, baseada no livro de Alasdair Gray. Bella Baxter, a protagonista com nome de princesa da Disney, é uma pobre criatura. A jovem é mais um dos experimentos do brilhante e pouco ortodoxo cientista dr. Godwin Baxter (Willem Dafoe), que ressuscita Bella ao inserir o cérebro de um feto no cadáver da jovem. Godwin, corruptela de “God” (Deus), também foi vítima de experiências.
Sob a proteção do pai e cientista, a jovem deseja descobrir o mundo e os prazeres disponíveis e os indisponíveis para uma mulher do século 19. Assim, a fuga para vários continentes com o advogado Duncan Wedderburn (Mark Ruffalo) parece ser uma boa alternativa de escape dos preconceitos de sua época. As cores também acompanham as mudanças de cenário e de experiências conquistadas, da branca e preta Londres às cores vívidas inseridas nas viagens. “Eu quis fazer a Bella porque me pareceu uma aceitação do que é ser mulher, do que é ser livre para sentir medo e ter coragem”, disse Stone.
Além do extenso trabalho de maquiagem para as transformações físicas, como o rosto costurado do quase irreconhecível Dafoe, o figurino é um destaque no longa. “A única informação era que Lanthimos não queria que as roupas lembrassem um drama de época ou um filme de ficção científica”, disse a designer de figurinos Holly Waddington ao The New York Times, que desenvolveu peças extravagantes que mesclam ambos os gêneros fictícios.
Pobres Criaturas | 1o de fevereiro nos cinemas | Com Emma Stone, Mark Ruffalo, Willem Dafoe e Ramy Youssef
A programação da Pinacoteca de São Paulo começa o ano com a exposição panorâmica de Lygia Clark. A partir de março na Pina Luz, a mostra percorre os diferentes momentos da carreira de Clark e apresenta o legado da mineira que se autointitulava “não artista” e que transformou as possibilidades de produção e experimentação artísticas no Brasil e no mundo. Além desta mostra, estão marcadas outras 13 exposições na Pina Luz, Pina Estação e Pina Contemporânea.
Escritos deixados por Carolina Maria de Jesus ainda permanecem longe dos olhos do público 47 anos após a morte da escritora. No entanto, uma iniciativa pretende publicar alguns de seus textos, como O Escravo, escrito na década de 1950 e agora publicado pela Companhia das Letras. Os protagonistas do romance são os primos Rosa e Renato, que, embora apaixonados, acabam seguindo caminhos distintos, sobretudo por pressão da família abastada do rapaz.
Tarantino discorre sobre filmes e diretores que influenciaram sua forma de fazer filmes
Cães de Aluguel, Pulp Fiction, Kill Bill, Era Uma Vez Em... Hollywood são algumas produções do diretor Quentin Tarantino. Porém, para além do cinema, o americano acaba de publicar um livro sobre nada menos do que filmes. Em Especulações Cinematográficas, Tarantino compartilha sua visão sobre os filmes americanos aos quais assistiu pela primeira vez na juventude, nos anos 1970. Além de analisar direções, produções e atuações, o autor reflete sobre outros caminhos possíveis para os filmes e sobre sua formação cinematográfica, iniciada aos 7 anos, quando sua mãe o levava para ver filmes destinados a adultos. “A certa altura, quando percebi que estava vendo filmes que os outros pais não deixavam os filhos assistirem, questionei minha mãe. Ela disse: ‘Quentin, eu me preocupo mais com você assistindo ao noticiário. Um filme não vai fazer mal algum’”, diz.