Pop

Whitney Houston: o que achamos de "I Wanna Dance With Somebody"?

Filme retrata a vida e a carreira da legendária cantora americana e chega aos cinemas nesta quinta-feira, 12

Whitney Houston: a lendária cantora agora ganha um filme inspirado em sua história (Sony Pictures/ I Wanna Dance with Somebody/Divulgação)

Whitney Houston: a lendária cantora agora ganha um filme inspirado em sua história (Sony Pictures/ I Wanna Dance with Somebody/Divulgação)

Seguindo a lista de lançamentos das biografias ficcionais — que misturam aspectos da vida real de um determinado artista com a ficção —, o novo filme baseado na história da legendária Whitney Houston chega aos cinemas nesta quinta-feira, 12.

I Wanna Dance with Somebody – A História de Whitney Houston, dos mesmos diretores de Bohemian Rhapsody, que retrata a história de Freddie Mercury, conta alguns dos detalhes da trajetória da primeira cantora negra a conquistar três discos diamantes e quebrar recordes de lendas da música, uma história sobre a vida e a carreira d'A Voz americana.

Com 400 prêmios ao longo de sua carreira, Houston teve sete músicas em primeiro lugar nas paradas da Billboard, superando o legado de Elvis Presley e dos Beatles. E não para por aí: o álbum que contém as músicas do filme O Guarda-Costas, no qual a cantora contracena com Kevin Costner, é também o mais vendido da história, com mais de 45 milhões de cópias.

As músicas I Have Nothing e Run to You foram inclusive indicadas ao Oscar na categoria de Melhor Canção Original.

 Fique ligado nas últimas notícias da EXAME Pop, o espaço nerd/geek da EXAME para você

O que esperar do filme da Whitney Houston?

O filme será lançado nesta semana nos cinemas e deve atrair não só os fãs da cantora, como também uma geração mais jovem, curiosa pela vida e carreira de Houston. Mas fica a dúvida: vale a pena investir no ingresso do cinema?

A EXAME POP assistiu ao filme com antecedência e te traz uma visão de público comum para saber se vale a pena ou não investir na bilheteria. Confira:

yt thumbnail

Ícone da música (e uma atuação digna de Oscar)

Sem dúvidas o ponto que mais chama a atenção no filme é não somente reviver a história de Houston — em seus altos e baixos —, mas também embarcar nos sentimentos de Whitney por meio da brilhante atuação de Naomi Ackie.

Em um trabalho digno de Oscar, Ackie consegue entregar ao público os "ônus e bônus" da fama da cantora, além dos momentos de profunda admiração que só Whitney conseguiria transmitir. Nas apresentações de música, apesar da dublagem, a atriz também consegue interpretar os maneirismos de Houston e transpassa a emoção em cada uma das performances.

O filme aborda as músicas de destaque da cantora e revive, nos mínimos detalhes, até mesmo a gravação de clipes que ficaram na memória de quem acompanhou Whitney Houston ao longo de sua carreira.

Fã assíduo ou não, é quase impossível sair da sala de cinema sem ter cantado ao menos um dos grandes clássicos da cantora durante o filme.

Ritmo acelerado e, por vezes, sem foco

Em uma longa carreira marcada por recordes e grandes sucessos, a trama — com somente 2 horas e meia —, por vezes apresenta um ritmo desequilibrado.

Na primeira metade do filme, os momentos de destaque passam rápido demais, o que dificulta a oportunidade de sentir as emoções da artista a tempo.

Mais para a frente, mesmo abordando detalhes da vida pessoal de Houston, as cenas que mostram a relação com os pais, a melhor amiga Robyn Crawnford, o marido Bobby Brown e até a filha Bobbi Kristina Brown são mais rasas, pouco aprofundadas, o que deixa o filme sem uma escolha decisiva e necessária: seguir com foco na carreira ou na vida pessoal?

Resumir os anos de carreira em tão pouco tempo de tela foi a maior dificuldade que I Wanna Dance With Somebody encontrou. Talvez para celebrar uma das maiores lendas da música americana em seus ''bons'' momentos, o filme todo segue um passo descompensado e, por vezes, até se perde no próprio roteiro.

Enfoque na carreira e poucos detalhes da vida pessoal

(LtoR) Stanley Tucci and Naomi Ackie in TRISTAR pictures I WANNA DANCE WITH SOMEBODY (Sony Pictures/ I Wanna Dance with Somebody/Divulgação)

Outro detalhe que deixou a desejar na produção foi a forma como a vida pessoal da artista foi retratada nas telas. Longe dos escândalos de violência doméstica com o marido e problemas familiares, o longa-metragem aborda momentos difíceis da vida da cantora com certa distância, sem se aprofundar nas relações dela com amigos, fama e familiares.

Vários dos detalhes importantes da carreira de Whitney Houston, por algum motivo, ficaram de fora. As parcas menções ao casamento problemático com Bobby Brown são rasas, o mesmo que acontece com a relação da artista com o pai.

As relações extraconjugais de Houston também não foram retratadas no filme e a discussão sobre o racismo relacionado a ela — assim como as críticas da comunidade negra sobre as canções e o estilo dela — estiveram presentes, mas sem muito destaque.

Cronologia alterada

Em um filme de ficção baseado na história da cantora, é comum que alguns acontecimentos sejam modificados. No filme, além de músicas lançadas em momentos diferentes da carreira da cantora na vida real, a cronologia também fica um pouco confusa para o público.

Os anos nos quais as apresentações acontecem não são muito mencionados. Apenas ao final do filme — que compreende também o final da carreira de Houston —, há um claro momento informativo sobre as datas, o que não acontece ao longo da trama.

Apresentações e canções emocionantes

Naomi Ackie in TRISTAR pictures I WANNA DANCE WITH SOMEBODY (Sony Pictures/ I Wanna Dance with Somebody/Divulgação)

Para além do roteiro e do enredo raso na vida pessoal da artista, todas as cenas de apresentações e as canções retratadas dão a I Wanna Dance with Somebody uma óptica emocionante. Dona da Voz da América, Whitney está bem representada por Naomi Ackie, que cumpre o desafio de trazer emoção a cada música, cada subida ao palco, cada nota mais aguda e hit de sucesso.

A homenagem faz valer a diversão do filme: um momento para reviver uma das artistas mais icônicas do último século.

Mas e aí, vale a pena ver no cinema?

O longa-metragem é bastante focado em uma visão positiva sobre quase todos os aspectos da vida de Whitney Houston. Em resumo, uma diversão nostálgica para quem sente falta da artista, e uma jornada de inspiração para as gerações mais jovens.

A título de entretenimento, a EXAME POP bate o martelo: vale a pena se divertir no cinema e cantar as canções de uma das maiores cantoras negras da história da música. E, é claro: chegar em casa para conferir as semelhanças com os clipes reais da artista.

Bônus: veja a coleção da M.A.C., inspirada no filme

Para a escolha da coleção de Whitney Houston, por parte da M.A.C., houve uma conversa com os produtores e familiares da cantora. “Whitney sempre foi uma campeã quando o assunto é mulheres sentindo-se bonitas, seja em um grande evento ou apenas para o dia a dia”, diz Pat Houston, Executora do patrimônio e cunhada de Whitney E. Houston. “Nosso trabalho com M·A·C trata-se de criar uma linha que possa atender a todas essas necessidades. A linha será fiel às cores dos olhos e lábios que ela gostava de trabalhar”.

A criação da linha da cantora foi inspirada em seus looks e itens mais usados e está à venda no site oficial da marca.

LEIA TAMBÉM:

Avatar 2 teve US$ 435 milhões de bilheteria na estreia; veja o que achamos do filme

Globo de Ouro 2023: veja os filmes e séries vencedores desta edição

De 'Pantera Negra' a Whitney Houston: a estratégia da M.A.C para inclusão de peles negras no mercado

Acompanhe tudo sobre:CantoresCríticasFilmesIndústria da músicaMúsica popSony

Mais de Pop

Vida em Urano? Luas do planeta têm até oceano, segundo nova pesquisa

Quem é Mike Tyson, lenda do boxe que lutará contra Jake Paul nesta sexta

Dia 20 de novembro, quarta-feira, é feriado nacional ou ponto facultativo?

Quais serão os próximos feriados de 2024: calendário com todas as datas