Adele, cantora britânica (C Flanigan /Getty Images)
Repórter
Publicado em 6 de fevereiro de 2025 às 12h43.
Última atualização em 6 de fevereiro de 2025 às 12h44.
A Warner Music Group adquiriu o controle majoritário da Tempo Music, dona de um extenso catálogo que inclui gravações de artistas como Bruno Mars, Adele e Wiz Khalifa.
Sediada em Nova York, a Warner Music Group divulgou seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025 nesta quinta-feira, 6. A companhia registrou uma receita de US$ 1,66 bilhão, semelhante à do outro balanço divulgado no fim de 2024. Na ocasião, apresentou aumento de 3% na receita, impulsionado pelo sucesso da música "APT", parceria entre Bruno Mars e ROSÉ. A compra dos direitos do cantor pode subir ainda mais os lucros da Warner no próximo trimestre.
Segundo informações da Bloomberg, [grifar]a transação avalia a Tempo Music em cerca de US$ 450 milhões (R$ 2,6 bilhões, na cotação atual). A Warner também comprou a participação da Providence Equity Partners, uma empresa de private equity, utilizando uma combinação de capital e assunção de dívidas.
A Tempo Music foi criada em parceria entre a Warner e a Providence em 2019, período em que o mercado de catálogos musicais estava em alta. Desde então, a empresa adquiriu milhares de músicas, incluindo direitos de compositores.
Guy Moot, copresidente e CEO da divisão de publicação da Warner Music, destacou a importância do portfólio: "A Tempo construiu um catálogo bem-planejado e abrangente. Estou empolgado para explorar novas oportunidades e agregar ainda mais valor a essas músicas", afirmou em comunicado.
As editoras representam os compositores, enquanto as gravadoras gerenciam os artistas responsáveis pelas gravações.
O movimento realizado pela Warner faz parte de uma tendência crescente entre grandes empresas musicais, como Sony Group Corp e Universal Music Group, que têm adotado estratégias similares para expandir seus catálogos.
Em junho de 2024, Sony Music concluiu um novo acordo pelo catálogo do Queen, que custou nada mais nada menos que € 1 bilhão, segundo a Variety. A negociação foi concluída após muitos anos de disputas entre as gravadoras pela obtenção dos direitos da banda, que se intensificaram depois da morte do vocalista Freddie Mercury.
As músicas do Queen estavam vinculadas a um acordo complexo com a Disney. Durante a década de 1990, a empresa adquiriu os royalties dos direitos das gravações da banda na América do Norte por US$ 10 milhões. Após a compra, os direitos foram transferidos para a Sony. O contrato de distribuição com a Universal será migrado para a Sony assim que expirar, nos próximos anos.
A Sony não foi a única a demonstrar interesse pelos direitos das músicas do Queen. Em 2023, a Universal demonstrou disposição para pagar € 1 bilhão pelo catálogo do grupo, mas acabou sendo superada pela Sony, que saiu vitoriosa na negociação.
Com essa aquisição, o catálogo do Queen se tornou o mais valioso da história, ultrapassando o de Bruce Springsteen, adquirido por cerca de US$ 500 milhões. — este também comprado pela Sony, em uma venda realizada pelo próprio artista em dezembro de 2021, segundo a Revista Times.