An old park statue from the late 1800's holds up a sword up in an apparent show of victory. The statue depicts a female riding a horse; she's rather like Joan of Arc. (Sparky2000/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 7 de junho de 2023 às 07h27.
Joana d’Arc é uma figura histórica que desperta admiração e fascínio até os dias de hoje. Sua trajetória como líder militar e símbolo de coragem durante a Guerra dos Cem Anos, na França, a transformou em uma das personagens mais icônicas da história mundial.
30 de maio é celebrado como o dia de Joana d’Arc, uma data especial para honrar e lembrar a vida e o legado dessa figura histórica. Essa data foi escolhida como uma homenagem a ela, que morreu em 30 de maio de 1431.
Por trás de sua história de bravura e devoção, existem curiosidades fascinantes que revelam aspectos surpreendentes sobre sua vida e legado. Por isso, confira 5 curiosidades sobre Joana d’Arc:
Jeanne d’Arc, também conhecida como Joana d’Arc, nasceu em uma família camponesa em Domrémy, uma vila no nordeste da França, por volta de 1412. Sua origem humilde torna ainda mais notável sua ascensão como líder militar e símbolo nacional. Mesmo vindo de um ambiente rural, Jeanne foi educada pela mãe e aprendeu a ler e escrever, habilidades que eram incomuns entre os camponeses da época. Essa educação básica contribuiu para sua posterior influência e liderança.
Aos 17 anos, Jeanne afirmou ter ouvido vozes divinas, incluindo as de São Miguel Arcanjo, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida da Antioquia. Segundo ela, essas vozes instruíram-na a ajudar o herdeiro francês, Carlos VII, a retomar o trono e expulsar os ingleses durante a Guerra dos Cem Anos. Essa convicção religiosa intensa e crença na missão divina foram fundamentais para sua determinação e liderança ao longo de sua breve, porém impactante, trajetória.
Embora tenha desempenhado um papel importante como líder e estrategista militar durante a Guerra dos Cem Anos, ela não era uma guerreira de combate no sentido tradicional. Jeanne d’Arc atuava principalmente como conselheira militar e inspiradora para as tropas francesas.
Ela tinha habilidades de liderança e estratégia, ajudando a organizar e motivar o exército francês. No entanto, ela não estava envolvida no combate físico direto. Sua presença no campo de batalha era mais simbólica.
Após a vitória em Orléans, Jeanne continuou a liderar o exército francês em diversas campanhas militares. No entanto, em maio de 1430, ela foi capturada pelos borguinhões durante um confronto próximo à cidade de Compiègne. Ela foi vendida aos ingleses e submetida a um julgamento eclesiástico em Rouen.
Jeanne foi acusada de heresia, bruxaria e vestir roupas masculinas, crimes considerados graves na época. Apesar de sua defesa apaixonada e das contradições presentes no processo, ela foi considerada culpada e condenada à morte na fogueira em 30 de maio de 1431.
Carlos VII não interveio no processo de Joana d’Arc e não tentou salvá-la do destino que ela teve. Entretanto, depois que ela morreu, ele procurou atuar para que ela tivesse o seu processo anulado, pois ter a sua imagem ligada à de uma mulher condenada por bruxaria não era bom para seu reinado. Assim, ele obteve do papa Calisto III a anulação da condenação de Joana d’Arc.
A reabilitação da imagem de Joana d’Arc se completou no século XX, quando ela foi beatificada e canonizada. Sua beatificação aconteceu em 1909, e a canonização foi realizada pelo papa Bento XV, em 1920. Esse acontecimento foi parte de um esforço da Igreja Católica de reatar laços com a França, país que foi extremamente secularizado a partir da Revolução Francesa.
Atualmente, a Santa Joana d’Arc é considerada padroeira nacional da França.