Harvey Weinstein, ex-produtor de filmes de Hollywood (ETIENNE LAURENT / POOL/AFP)
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Publicado em 25 de abril de 2024 às 11h43.
Nesta quinta-feira, 25, o mais alto tribunal de Nova York anulou a condenação do empresário Harvey Weinstein, de 72 anos, por crime de estupro de 2020.
A justiça argumentou que o juiz do julgamento que deu origem ao movimento #MeToo prejudicou o ex-magnata do cinema com decisões inadequadas e permitiu que mulheres testemunhassem sobre alegações que não faziam parte do caso, informou a agência de notícias Associated Press.
Apesar da decisão, Weinstein permanecerá preso porque foi condenado em Los Angeles em 2022 por outro estupro e sentenciado a 16 anos de prisão.
A decisão do tribunal de apelações estadual reacende as discussões sobre a má conduta sexual de figuras poderosas dos Estados Unidos, um capítulo teve início em 2017 com uma série de acusações contra Weinstein.
O tribunal ordenou um novo julgamento, o que significa que as vítimas que acusam o empresário podem ser obrigadas a detalhar novamente seus traumas no banco das testemunhas.
Weinstein, de 72 anos, está atualmente cumprindo uma pena de 23 anos em uma prisão de Nova York após ser condenado por ato sexual criminoso, por praticar sexo oral à força com uma assistente de produção de TV e cinema em 2006, e por estupro em terceiro grau, por atacar uma aspirante a atriz em 2013.
Ele foi absolvido em Los Angeles das acusações envolvendo uma das mulheres que testemunharam em Nova York.
O empresário também foi o epicentro de uma série de denúncias de abuso e assédio sexual em 2017, que marcou o início dos movimentos Me Too e Time's Up. Depois dele, casos envolvendo outros nomes de grande destaque, como o ator Kevin Spacey e o comediante Louis C.K., vieram à tona.