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Sapatos de rubi de Dorothy, do 'Mágico de Oz', são vendidos por US$ 28 milhões em leilão

Par icônico de sapatos atinge valor histórico em leilão nos EUA

Os sapatos rubi usados por Judy Garland em O Mágico de Oz foram vendidos por US$ 28 milhões, marcando um recorde em memorabilia de Hollywood. (Heritage Auctions/Divulgação)

Os sapatos rubi usados por Judy Garland em O Mágico de Oz foram vendidos por US$ 28 milhões, marcando um recorde em memorabilia de Hollywood. (Heritage Auctions/Divulgação)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 9 de dezembro de 2024 às 09h51.

Um par de sapatos rubi usados por Judy Garland no clássico filme 'O Mágico de Oz' foi vendido por impressionantes US$ 28 milhões (cerca de R$ 169,4 milhões) em um leilão realizado nos Estados Unidos no último sábado, 7. Este é um dos quatro pares remanescentes usados no filme de 1939, que foram descritos pelos leiloeiros como o "Santo Graal das lembranças de Hollywood".

De acordo com a BBC, a venda, realizada pela Heritage Auctions, superou todas as expectativas iniciais. O lance inicial era de US$ 3 milhões (cerca de R$ 18,15 milhões), mas o resultado final surpreendeu ao alcançar um valor quase dez vezes maior. Com isso, os sapatos se tornaram o item de memória cinematográfica mais valioso já vendido em leilão.

Renovado interesse por O Mágico de Oz

O leilão aconteceu em meio a um renovado interesse pelo musical, impulsionado pelo lançamento recente do filme Wicked, que serve como um prelúdio para a história de O Mágico de Oz. A atuação de Judy Garland como Dorothy, aos 16 anos, marcou época, e o filme ocupa o segundo lugar na lista "100 Maiores Filmes de Todos os Tempos", segundo a revista Variety.

Baseado no livro infantil de L. Frank Baum, The Wonderful Wizard of Oz, de 1900, o filme trouxe uma mudança significativa na adaptação: os sapatos mágicos, originalmente prateados no livro, foram transformados em rubi para explorar a então nova tecnologia Technicolor. No filme, os sapatos desempenham um papel crucial quando Dorothy os bate três vezes enquanto diz a famosa frase: "Não há lugar como o lar", retornando à sua casa no Kansas.

Uma história marcada por roubo e recuperação

Além de seu valor simbólico, os sapatos têm uma história peculiar. Em 2005, eles foram emprestados ao Museu Judy Garland, em Grand Rapids, Minnesota, quando foram roubados. O ladrão, Terry Jon Martin, quebrou a vitrine com um martelo acreditando que os sapatos eram adornados com joias reais. No entanto, ao tentar vendê-los, descobriu que as pedras eram apenas vidro e acabou entregando o item a outra pessoa.

O paradeiro dos sapatos permaneceu um mistério por 13 anos, até que o FBI os recuperou em 2018 em uma operação secreta. O destino dos sapatos durante esse período ainda não foi esclarecido. Em 2023, Martin, então na casa dos 70 anos e usando cadeira de rodas, se declarou culpado pelo roubo e foi condenado a tempo já cumprido.

John Kelsch, curador do Museu Judy Garland, comentou sobre o caso em uma entrevista ao CBS News Minnesota. "Sabemos que Terry Jon Martin quebrou nossa vitrine, mas ainda gostaria de entender o que aconteceu com os sapatos depois que ele os entregou. O valor deles não está nas joias, mas em seu significado como um tesouro nacional americano", disse Kelsch.

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