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Para chefão da Netflix, a HBO errou ao renomear aplicativo de streaming

Para muitos, a marca HBO sempre esteve associada à excelência em produções da chamada "era de ouro da TV"

Eu nunca imaginaria que a HBO iria embora, disse Sarandos (Divulgação/Divulgação)

Eu nunca imaginaria que a HBO iria embora, disse Sarandos (Divulgação/Divulgação)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 20 de março de 2025 às 01h45.

Última atualização em 20 de março de 2025 às 08h56.

Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, já viu a HBO como o "padrão ouro da programação original", mas ele acha que a empresa controladora Warner Bros. Discovery cometeu um erro ao renomear seu serviço de streaming.

"Foi uma surpresa! Nós sempre assistíamos ao que a HBO estava fazendo e em um ponto eles tinham HBO, HBO Go, HBO Now e HBO Max", disse Sarandos em uma entrevista à Variety. "E eu disse: 'Quando eles forem sérios, todos esses nomes desaparecerão, e será apenas HBO. O HBO Max se tornou apenas Max após a fusão da WarnerMedia e Discovery em 2021.

"Esta nova marca sinaliza uma mudança importante de dois produtos mais restritos, HBO Max e Discovery+, para nossa oferta de conteúdo mais ampla ao consumidor", disse JB Perrette, CEO de Streaming e Jogos Globais da Warner Bros. Discovery, em um comunicado à imprensa em 2023.

Para Sarandos, porém, essa troca de nome foi um erro.  "Eu nunca imaginaria que a HBO iria embora", disse ele. "Eles colocaram todo esse esforço em uma coisa que podem dizer ao consumidor — deveria ser a HBO", completou.

Disputa de mercado

O aumento no número de serviços de streaming parece não ter incomodado o executivo da Netflix. "Eu me senti muito mais confortável em saber que faríamos melhor nisso do que eles", disse Sarandos quando perguntado se ele estava preocupado quando alguns dos fornecedores da Netflix, como a Disney, de repente se tornaram rivais.

Em uma carta aos acionistas em janeiro de 2025, a empresa relatou ter ultrapassado 300 milhões de assinantes. "Nossa vantagem é o investimento que fizemos em personalização", acrescentou. "Não somos uma marca de um gênero."

'Adolescência': a série da Netflix que revolucionou o audiovisual

A trama acompanha a vida de Jamie Miller (Owen Cooper), um garoto de 13 anos que se vê acusado de assassinato após a morte de sua colega de escola. O caso, tenso por si só, é o pano de fundo ideal para o debate sobre como o ambiente interno — na família, nas redes, na própria psique — influencia a vida de adolescentes e causa eventuais consequências severas. O tema em si não é novo. O que muda é o formato.

Planos-sequência têm sido mais comuns em produções recentes para causar a sensação de falta de fôlego. "The Bear" (2022), da FX, usou o recurso no sétimo episódio da primeira temporada, que se passa dentro da cozinha alguns minutos antes do restaurante abrir para o público. O filme "1917" (2019) tem boa parte das cenas ininterruptas. "Birdman" (2014), vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2015, é quase inteiro feito em uma única cena — ainda que se utilize de pequenos cortes invisíveis. Quatro episódios inteiros em um só take, no entanto, não se vê todo dia.

A estratégia funcionou. Sob direção de Jack Thorne e Stephem Graham, que também entra para o elenco como pai de Jamie, "Adolescência" já foi vista por mais de 24,3 milhões de pessoas mundo afora e tornou-se a mais assistida da semana em 71 países — o Brasil entre eles.

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