Will Smith dá tapa em Chris Rock no Oscar 2022 (Robyn Beck/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2022 às 17h16.
Última atualização em 2 de maio de 2022 às 21h36.
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Finalmente, alguém assistiu ao Oscar. É possível que você tenha até esquecido que a premiação estava acontecendo na noite do último domingo, 27, — e Will Smith fez o favor de te lembrar. Afinal, depois de alcançar em 2021 o recorde de pior audiência de todos os tempos, o show precisava mesmo de um "tapa na cara".
Há poucos anos, o Oscar perdia apenas para o Super Bowl quando o assunto era se reunir no domingo para assistir televisão. Mas, assim como locadoras de filmes, telefone residencial e pagar contas na lotérica, as coisas passam.
Em 2019, assistiram à cerimônia 29,5 milhões de pessoas, esse número caiu para 23,6 milhões em 2020 e, em 2021, para 9,85 milhões (a menor audiência da história da premiação, que foi feita de forma online). Mas qual o motivo?
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (Ampas) é o órgão responsável por produzir o Oscar todos os anos. Graças a alguns investimentos inteligentes e à receita anual consistente, a academia mantém sua influência e renda, apesar da baixa audiência.
Isso porque os contratos de direito de transmissão assinados com a televisão vão até 2028. O que significa que, mesmo com fortes críticas, os dólares continuarão entrando na conta da organização por alguns anos. Em 2020, apesar da pandemia, a receita anual foi de US$ 131,9 milhões, encerrando uma década de crescimento robusto ancorado por seus enormes acordos de TV.
A responsável pela estabilidade financeira, no entanto, é a estratégia de investimento da organização. Segundo as demonstrações financeiras da Ampas, a academia ganhou US$ 32,7 milhões após despesas, em 2020.
No mesmo ano, sua carteira de investimentos ostentava US$ 789,2 milhões em ativos líquidos, configurando um aumento de 200% no valor da carteira nos últimos dez anos. De acordo com declarações fiscais disponíveis, a CEO da Academia, Dawn Hudson, faturou US$ 745 mil em 2019 e US$ 50 milhões foram gastos em salários e benefícios aos mais de 450 funcionários.
E apesar de os vencedores do prêmio não ganharem nenhum valor em dinheiro, ter uma estatueta dourada é praticamente um passe livre para outras oportunidades no cinema.
Os indicados ao prêmio de Melhor Atriz, Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Diretor ganharam o kit chamado “Everybody Wins”, para que ninguém saísse da premiação de mãos vazias.
Na lista de presentes estavam:
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