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O BBB 25 foi um guia rápido do que não fazer se quiser ser notado em um reality show

Com jogo morno, reality deixa de sua marca na história mas pode não ser tão positiva assim

BBB 25: Final do programa acontece nesta terça-feira  (Reprodução/Gshow )

BBB 25: Final do programa acontece nesta terça-feira (Reprodução/Gshow )

Raphaela Seixas
Raphaela Seixas

Estagiária de jornalismo

Publicado em 22 de abril de 2025 às 13h20.

O BBB 25, que encerra sua temporada nesta terça-feira, 22, deixou o seu legado na história dos realitys shows. Na contramão da edição anterior, desta vez o reality foi marcado pelo "flop" (fracasso) nas dinâmicas que deveriam esquentar o jogo e bombar a audiência, e elenco morno e pouco reativo.

Entre as tentativas de resgate da audiência estão o Paderão falso de Gracyanne, Sincerão com ex-participantes e Seu Fifi, que prometeu muito, mas não entregou tanto assim. Um legado marcado por uma significativa queda de audiência e desafios para a Globo, apesar de momentos pontuais de engajamento do público – que era pequeno.

Com jogo morno, audiência vê queda brusca

A edição, que estreou em janeiro, registrou a menor média histórica de audiência entre todas as temporadas do reality, com 16,2 pontos no Ibope da Grande São Paulo, o principal mercado publicitário do país,enquanto a edição anterior, contou com 20,2 pontos.

Ao comparar a edição desse ano com a edição de 2021, que consagrou Juliette como vencedora, a audiência caiu 43%. No BBB 21, o programa alcançou 28,8 pontos.

A razão? Falta de embates entre os brothers. Em comparação com temporadas anteriores, evidencia a escolha de um elenco que não estava disposto a "dar a cara a tapa" dentro do jogo.  

O público médio diminuiu de 2,2 milhões de domicílios para cerca de 1,2 milhão, quase a metade do alcance de quatro anos atrás. 

A culpa foi das dinâmicas?

Mesmo com esforços de produção e o pulso firme do apresentador Tadeu Schmidt para chamar os participantes para o jogo, a temporada não conseguiu decolar e enfrentou uma crise de audiência, com episódios que não repercutiram tão fortemente quanto em edições passadas.

Um dos momentos mais expressivos da temporada foi a eliminação da participante Camilla, que bateu recorde de rejeição com quase 95% dos votos em um paredão triplo, e impulsionou a audiência do programa para 19,7 pontos, seu pico até então. 

O momento que pode ser considerado o ponto alto, talvez tenha sido o último suspiro de relevância da edição para o grande público, já que depois desta eliminação que entrou para a história do programa, nada grandioso aconteceu.

As publicidades continuam indo bem

Esta edição rendeu ao mercado publicitário um faturamento superior a R$ 1,5 bilhão em receitas com patrocínios e ações comerciais, superando todas as edições anteriores do programa.

Foram comercializadas cotas de patrocínio em diferentes formatos, como as cotas Big (R$ 124 milhões), Camarote (R$ 95 milhões) e Brother (R$ 24,5 milhões), além de cotas para dinâmicas específicas do reality, como Top 5, Mercado, Prêmio e Almoço do Anjo, com valores que variam entre R$ 40 milhões e R$ 47 milhões cada, além de outras ações digitais e cross media.

O programa contou com 24 marcas patrocinadoras, incluindo grandes nomes como Dove, iFood, Mercado Livre, Stone, Chevrolet, McDonald's, Amstel, Rexona, e outras, que investiram em diversas frentes, desde inserções na TV Globo e Multishow até ações em redes sociais e plataformas digitais, ampliando o alcance para cerca de 130 milhões de pessoas na TV e 30 milhões no Multishow, além de enorme repercussão nas redes sociais.

Na corrida pelo prêmio, falhou quem se posicionou

Entre os raros embates que houveram nesta edição, se destacaram alguns brothers: Aline, Camila, Thamiris e Vinicius – nenhum deles está na final.

Os embates entre Aline, Thamiris e Vinicius ganharam destaque após a formação de um paredão decisivo. Houve acusações de incoerência, falta de sensibilidade e lembranças de atitudes por "conveniência".

Vinicius e Aline chegaram a confrontar Thamiris sobre suas decisões e posturas no jogo, especialmente após provas e dinâmicas polêmicas como o "Pegar ou Largar", em que Thamiris optou por um prêmio em dinheiro e prejudicou outros participantes, inclusive Vinicius.

A trajetória dos três foi marcada por alianças frágeis, embates internos e decisões polêmicas, mas faltou protagonismo e identificação com o público. Os conflitos entre eles não empolgaram, o grupo se desfez sem grandes viradas, e isso esfriou o jogo, impedindo que chegassem à final.

Apesar de estarem envolvidos em discussões, nenhum dos quatro conseguiu se firmar como protagonista do BBB 25. Suas trajetórias foram marcadas mais por conflitos internos do grupo do que por grandes jogadas ou alianças amplas.

Sem protagonismo, os finalistas podem nem ser tão queridos pelo público

Na reta final, os dados de votação indicam uma disputa acirrada entre os finalistas, com Guilherme liderando com 54,86% dos votos, seguido por Renata com 39,17%, e João Pedro com 5,97%

Pelas redes sociais, o público questiona a relevância dos finalistas para o andamento do jogo e se perguntam se um pódio com Vitória e Vinicius não seria uma melhor opção.

Além dos números, a temporada enfrentou críticas relacionadas à dinâmica de duplas do jogo e à falta de grandes polêmicas ou personagens carismáticos que historicamente movimentam as redes sociais e o debate público, elementos que costumam ser fundamentais para o sucesso do BBB. 

A edição, que foi a primeira feita em duplas, serve como um indicativo de que o formato precisa se reinventar para recuperar o interesse do público em um cenário de crescente concorrência por atenção.

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