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Mario Vargas Llosa, escritor e Nobel de literatura, morre aos 89 anos

Vargas Llosa foi um dos escritores mais influentes da literatura latino-americana e mundial

Mario Vargas Llosa foi um dos escritores mais influentes da literatura latino-americana e mundial (Getty Images)

Mario Vargas Llosa foi um dos escritores mais influentes da literatura latino-americana e mundial (Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 13 de abril de 2025 às 22h14.

Última atualização em 13 de abril de 2025 às 22h38.

Mario Vargas Llosa, escritor e e vencedor do Nobel, morreu neste domingo (13) aos 89 anos, em Lima, no Peru. Um dos mais expressivos autores da literatura da América Latina teve sua morte anunciada nas redes sociais pelo próprio filho, Álvaro Vargas Llosa. 

Em postagem no X, antigo Twitter, escreveu: “Esperamos que [os leitores ao redor do mundo] encontrem consolo, assim como nós, no fato de que ele teve uma vida longa, múltipla e frutífera, e deixa para trás uma obra que sobreviverá”. 

O filho também agradeceu a todos pelo carinho e o apoio e pediu respeito ao dizer que "não haverá nenhuma cerimônia pública". Segundo ele, o corpo será cremado como era a vontade de Llosa.

Legado brilhante

Mario Vargas Llosa foi um dos escritores mais influentes da literatura latino-americana e mundial. Nascido em Arequipa, Peru, em 28 de março de 1936, ele se destacou como romancista, ensaísta, jornalista e crítico literário. Sua obra é marcada por uma profunda análise das estruturas de poder e das complexidades da sociedade, o que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Literatura em 2010.

Entre seus romances mais conhecidos estão A Cidade e os Cachorros, A Casa Verde e Conversa na Catedral, que exploram temas como opressão, resistência e identidade. Vargas Llosa também escreveu obras como A festa do bode e Travessuras da menina má, que misturam história e ficção de forma magistral.

Além de sua carreira literária, Vargas Llosa teve uma vida política ativa, chegando a se candidatar à presidência do Peru em 1990. Ele também foi um defensor do liberalismo e crítico de regimes autoritários.

Briga com García Márquez

A famosa briga entre Mario Vargas Llosa e Gabriel García Márquez ocorreu em fevereiro de 1976, durante a estreia de um filme na Cidade do México. O incidente começou quando Vargas Llosa deu um soco em García Márquez, deixando-o com um olho roxo. Apesar de décadas de especulação, os dois escritores mantiveram um pacto de silêncio sobre o motivo da desavença.

Há várias teorias sobre o que teria causado o conflito. A versão mais popular sugere que García Márquez teria aconselhado Patricia, esposa de Vargas Llosa na época, a pedir o divórcio, após uma crise no casamento deles. Isso teria irritado Vargas Llosa, que reagiu com o soco quando encontrou García Márquez novamente.

Apesar do incidente, ambos continuaram suas carreiras literárias brilhantes e receberam o Prêmio Nobel de Literatura: García Márquez em 1982 e Vargas Llosa em 2010. A briga permanece como um dos mistérios mais intrigantes do mundo literário.

Candidatura à Presidência

Mario Vargas Llosa se candidatou à presidência do Peru em 1990. Ele concorreu com uma plataforma liberal, defendendo reformas econômicas e políticas para modernizar o país. No entanto, foi derrotado por Alberto Fujimori, que acabou vencendo as eleições e governando o Peru por uma década.

Após essa experiência, Vargas Llosa voltou a se dedicar principalmente à literatura, embora tenha continuado a ser uma voz ativa em debates políticos e sociais.

 

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