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Morre a cantora Tina Turner, aos 83 anos

Turner está na lista dos grandes artistas que fizeram um imenso sucesso no final dos anos 1960 e início dos anos 1970

Em 1980, a cantora iniciou carreira solo e, além dos palcos de música, também participou de filmes de sucesso (Brian Rasic/Getty Images)

Em 1980, a cantora iniciou carreira solo e, além dos palcos de música, também participou de filmes de sucesso (Brian Rasic/Getty Images)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 24 de maio de 2023 às 15h48.

Última atualização em 29 de maio de 2023 às 10h45.

Uma das cantoras mais icônicas dos Estados Unidos, Tina Turner morreu nesta quarta-feira, 24, aos 83 anos de idade. Ao longo da carreira, ela foi dona de grandes sucessos como "What's Love Got to Do with It", "I Don't Wanna Lose You" e "We Don't Need Another Hero". A informação foi confirmada por um assessor da artista ao site Sky News.

O assessor comentou, ao Sky News, que a cantora morreu após lutar contra uma longa doença. Até o momento, a causa exata da morte não foi divulgada.

Tina Turner foi considerada por vários especialistas como uma das maiores cantoras de todos os tempos. Até a data de sua morte, a artista colecionou nada mais nada menos que oito prêmios do Grammy.

“É com grande tristeza que anunciamos o falecimento de Tina Turner. Com sua música e sua paixão sem limites pela vida, ela encantou milhões de fãs ao redor do mundo e inspirou as estrelas do amanhã”, diz a nota publicada nas redes sociais oficiais da artista.

Quem era Tina Turner?

Turner está na lista dos grandes artistas que fizeram um imenso sucesso no final dos anos 1960 e início dos anos 1970. Em 1980, a cantora iniciou carreira solo, e foi considerada por vários críticos e especialistas da época como uma das maiores cantoras de todos os tempos.

Para além dos palcos de música, também participou de filmes de sucesso, como "Mad Max 3 Além da Cúpula do Trovão" (1985), "O Último Grande Herói" (1993) e "Cocksucker Blues" (1972). Fora as produções de fantasia e ficção científica, Turner também teve sua história de vida contada em quatro filmes: "Tina" (1993) e (2021), "Tina Turner Rio" (1988) e "Tina Turner One Last Time" (2000).

Tina Turner era, na verdade, o nome artístico da cantora. Nascida em família pobre dos Estados Unidos, Anna Mae Bullock foi abandonada pelos pais aos 15 anos. Para se sustentar, a artista cantava em boates e bares. Foi nesse meio que ela conheceu Ike Turner, com a banda The Kings of Rhythm, e logo se tornou vocalista. Pouco tempo depois, Tina e Ike se casaram e formaram uma dupla — que dominou o cenário do gênero de Soul na década de 1970.

Polêmicas na vida pessoal

O casamento de Ike e Tina, no entanto, é relembrado até hoje com uma série de polêmicas, sobretudo abuso e violência. O marido culpava Tina, segundo reportagens da época, pelo declínio da dupla. Foram vários os casos de agressão, violência e traições durante o casamento deles — Tina por vezes aparecia nos palcos com hematomas, inclusive nos olhos e lábios.

Dezoito anos após o casamento, a cantora de separou de Ike e propôs, na Justiça, todo o patrimônio em troca do sobrenome Turner. Ike morreu em 2007, de overdose de cocaína, e chegou a ganhar um Grammy de Melhor Álbum de Blues Tradicional no mesmo ano.

Do Zero ao retorno dos palcos

Após ceder todo o dinheiro para o ex-marido, Tina teve de recomeçar a carreira. Na época, morou com uma amiga e passou um bom tempo apenas na abertura de outros grandes artistas, como os Bee Gees.

Em 1980, já em carreira solo, ela mudou o gênero da música e, inspirada pelos Rolling Stones e David Bowie, acolheu o manto do rock. Nesta década, sua carreira teve uma grande ascensão: Tina lançou o álbum "Private dancer" (1984), com o hit "Whats love gotta do with it", que atingiu a marca de 10 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.

Em 1986, a cantora lançou a biografia "Eu, Tina: A história da minha vida", com todos os detalhes da carreira como cantora e dos abusos do ex-marido. A biografia, anos mais tarde, se converteu no filme "Tina" (1993), estrelado por Angela Basset e Laurence Fishburne.

Tina Turner no Brasil

Em 1988, Turner marcou shows no Brasil. Na época, ela chegou a encher o estádio do Maracanã, com 184 mil pessoas — um recorde na época, registrado no "Guinness Book" como o maior público pagante para o show solo de uma artista feminina. O show fazia parte da turnê Break Every Rule, para divulgar sexto álbum de da cantora, lançado dois anos antes.

Exposição de Tina Turner no MIS

Até o dia 9 de julho, o Museu da Imagem e Som (MIS) terá uma exposição dedicada à cantora na capital paulista: "Tina Turner: Uma viagem para o futuro". É a primeira exposição brasileira dedicada à artista.

Os ingressos podem ser adquiridos no site oficial do MIS e custam a partir de R$ 15 (meia-entrada). As visitas acontecem de terça a sexta, das 11h às 20h; e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h.

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