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Kleber Mendonça Filho disputará a Palma de Ouro em Cannes com 'O Agente Secreto'

Com "O Agente Secreto", o cineasta aborda a história recente do Brasil, com um thriller ambientado em 1977, durante a ditadura militar

Kleber Mendonça Filho: é um nome frequente do festival francês, já disputou a Palma de Ouro de Cannes com "Bacurau" (2019) e "Aquarius" (2016) (Stephane Mahe/Reuters)

Kleber Mendonça Filho: é um nome frequente do festival francês, já disputou a Palma de Ouro de Cannes com "Bacurau" (2019) e "Aquarius" (2016) (Stephane Mahe/Reuters)

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Publicado em 10 de abril de 2025 às 10h47.

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O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho disputará a Palma de Ouro na 78ª edição do Festival de Cannes, anunciou a organização do evento nesta quinta-feira, 10.

A seleção da mostra competitiva de Cannes, ainda provisória e que pode ser ampliada nos próximos dias, tem 19 filmes, seis dirigidos por mulheres, revelou em uma entrevista coletiva o diretor-geral do evento, Thierry Frémaux.

Mendonça Filho, um nome frequente do festival francês, já disputou a Palma de Ouro de Cannes com "Bacurau" (2019) e "Aquarius" (2016). Também participou de outras mostras do evento, como em 2023 com o documentário "Retratos Fantasmas".

Com "O Agente Secreto", o cineasta aborda a história recente do Brasil, com um thriller ambientado em 1977, durante a ditadura militar.

A ditadura brasileira também foi abordada no premiado "Ainda Estou Aqui" de Walter Salles, premiado com o Oscar de melhor filme internacional este ano.

Frémaux lembrou, durante a apresentação dos filmes da competição oficial, que foi Salles quem lhe falou há alguns anos sobre seu compatriota Mendonça Filho.

Este ano, o Brasil é o país convidado de honra do Mercado do Filme, que acontece de maneira paralela ao Festival de Cannes.

Entre os cineastas selecionados estão o iraniano Jafar Panahi, o americano Wes Anderson, a francesa Julia Ducournau, que aspira conquistar sua segunda Palma de Ouro, e os irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne, que buscam vencer a premiação máxima pela terceira vez.

Outros nomes que estarão na competição principal são o cineasta veterano independente americano Richard Linklater e Ari Aster, grande nome recente do terror americano.

A mostra oficial também terá as presenças de dois cineastas espanhóis, Carla Simón y Oliver Laxe, que exibirão "Roméria" e "Sirat", respectivamente.

O festival acontecerá entre 13 e 24 de maio. O júri será presidido pela atriz francesa Juliette Binoche.

Tom Cruise

Além de nomes importantes do cinema autoral, Cannes receberá mais uma vez estrelas e grandes produções americanas.

Fora de competição, o festival assistirá o oitavo filme da série "Missão Impossível - O Acerto Final", protagonizado mais uma vez por Tom Cruise.

O astro americano, de 62 anos, adorado pelo público francês, passará pela Croisette no dia 14 de maio.

"O Acerto Final" é a segunda parte de "Missão Impossível - Acerto de Contas" (2023), no qual o agente Ethan Hunt e sua equipe enfrentam a ameaça de uma inteligência artificial que pode destruir o mundo.

O festival também prestará homenagem, na cerimônia de abertura, ao lendário Robert De Niro, 81 anos, vencedor de duas estatuetas do Oscar, mas nunca premiado em Cannes. O protagonista de "Taxi Driver" receberá uma Palma de Ouro honorária.

Outra estrela de Hollywood no evento será a atriz Scarlett Johansson, que exibirá sua estreia como diretora, com "Eleanor the Great", apresentada na mostra 'Um Certo Olhar'. Ela também está no elenco do filme de Wes Anderson que disputará a Palma de Ouro, "The Phoenician Scheme", ao lado de Benicio del Toro e Tom Hanks.

Momento de introspeção

A apresentação dos filmes selecionados acontece em um momento de introspecção para o cinema na França, após a divulgação de um duro relatório por uma comissão parlamentar sobre a violência sexual no mundo da cultura.

"O festival tomou conhecimento com seriedade e determinação das recomendações da comissão de investigação a respeito da violência (sexual) no setor cultural", declarou a presidente do evento, Iris Knobloch.

"As violências morais, misóginas e sexuais no mundo da cultura são sistêmicas, endêmicas e persistentes", afirma o relatório.

"O Festival de Cannes deve ser o lugar da mudança de mentalidades", advertiu a presidente da comissão, a deputada Sandrine Rousseau.

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