Irmãos Lyle e Erik Menendez foram condenados à prisão perpétua pelo assassinato dos pais (Reprodução/ABC)
Repórter colaborador
Publicado em 16 de outubro de 2024 às 09h59.
O promotor público de Los Angeles divulgou novas evidências sobre os irmãos Lyle e Erik Menendez, condenados à prisão perpétua em 1996 pelo assassinato de seus pais, Jose e Kitty. E esse novo material pode levar a uma revisão de suas sentenças, segundo a CNN.
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Depois que seu primeiro julgamento amplamente divulgado terminou em anulação, um júri condenou os irmãos Menendez pelo assassinato de seus pais, Jose e Kitty, após um segundo julgamento em 1996, à prisão perpétua.
Embora nunca tenham negado ter matado seus pais, os irmãos alegaram que agiram em legítima defesa e foram vítimas de abuso sexual por parte de seu pai ao longo da vida.
Depois que um primeiro julgamento amplamente acompanhado pela mídia norte-americana terminou anulado, no segundo, os promotores argumentaram que o “abuso não aconteceu” e o juiz que supervisionava o caso não permitiu que muitas das evidências de abuso da defesa fossem apresentadas, de acordo com os advogados dos irmãos.
Mais de 35 anos após os assassinatos, e com a repercussão da série da Netflix Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais, o promotor público de Los Angeles, George Gascón, divulgou uma captura de tela do que parece ser uma carta que os advogados dos irmãos argumentaram que corrobora as alegações de Erik de que ele foi abusado sexualmente por seu pai.
“Eu tenho tentado evitar o papai. Isso ainda acontece, Andy, mas está pior para mim agora”, diz a carta. “Eu nunca sei quando isso vai acontecer e está me deixando louca. Toda noite eu fico acordada pensando que ele pode entrar.”
Os advogados dos irmãos Menendez incluíram trechos do que parece ser a mesma carta em uma petição de habeas corpus de maio de 2023 protocolada no Tribunal Superior de Los Angeles, segundo informou a CNN.
Na petição, os advogados argumentam que a carta foi escrita por Erik Menendez para seu primo, Andy Cano, em dezembro de 1988 — meses antes de Kitty e Jose serem assassinados.
Se a carta tivesse sido apresentada como evidência no julgamento de 1996, o júri poderia ter chegado a uma conclusão diferente, segundo os advogados de Menendez.