(Antman/ Marvel Studios/ Disney/Divulgação)
Repórter de POP
Publicado em 15 de fevereiro de 2023 às 07h06.
Última atualização em 10 de dezembro de 2023 às 23h16.
Na próxima quinta-feira, 16, a Marvel inicia a fase 5 de seu universo cinematográfico (MCU). A escolha dessa ''porta de entrada'' foi Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, dirigido por Peyton Reed. O terceiro filme da franquia do super-herói aprofunda o conhecimento do público no reino quântico, mas vai além das partículas subatômicas: apresenta o mais novo vilão do MCU, Kang, o Conquistador (Jonathan Majors), que tem todos os atributos necessários para desbancar Thanos de seu posto de grande antagonista.
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Com elenco robusto, composto por Paul Rudd, Evangeline Lily, Michelle Pfeiffer, Michael Douglas e Jonathan Majors, o novo filme do Homem-Formiga promete tensão para introduzir Kang ao MCU, mas não surpreende na nova toada "mais fraca" de filmes da Marvel — Thor: Love and Thunder e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura.
A crítica tem dividido opiniões sobre o terceiro filme de Peyton Reed. Um dia antes da estreia, o longa-metragem aparece com 55% de aprovação no Rotten Tomatoes, com 114 impressões. Esse é o segundo pior desempenho do MCU, atrás somente de Eternos (47%). Mas os comentários se mostram bastante opostos entre boas e péssimas notas, o que induz o questionamento: será que vale a pena ver no cinema?
A EXAME POP assistiu ao filme e te traz uma visão de público comum para saber se vale a pena ou não investir na bilheteria. Confira:
O ponto mais alto da trajetória da família Lang e Van Dyne em Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania sem dúvidas é a introdução do novo vilão. Kang, o Conquistador, não mede esforços para mostrar o quanto seu domínio no reino quântico pode ser desastroso se se espalhar por outros universos. E a presença dele também amarra algumas pontas soltas deixadas na série do Loki (Tom Hiddleston).
Importante o tamanho do backstory dado ao personagem de Jonatham Majors e sua imponência no MCU. Grande vilão do momento, Kang mostrará em breve que pode ser tão perigoso (ou mais) que Thanos. E Majors o interpreta como nenhum outro conseguiria.
Longe de ser um dos mais memoráveis filmes do MCU, o longa-metragem funciona bem como porta de entrada para uma nova fase mais sombria. E diferente dos dois últimos lançamentos da Marvel, ele acerta em um dos pontos que constituem o DNA da marca: ter um humor bem balanceado entre a diversão e os momentos mais tensos da trama.
Nos outros filmes, os eventos centrados em Scott Lang (Paul Rudd) aparecem um pouco ''alheios'' aos demais acontecimentos do MCU. Mas a trama se completa, tem uma sintonia interessante e contribui, mesmo que a passos tímidos, com a trajetória dos outros super-heróis. Em Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, essa contribuição se torna mais evidente e incisiva: o filme é o ponto de partida para os próximos acontecimentos da Marvel — e Kang tem uma conexão mais forte com os personagens do filme.
É justamente por ser uma introdução de um novo (e grandioso vilão) que o equilíbrio entre as cenas cômicas e tensas ficou mais balanceado.
Um dos maiores recursos do Homem-Formiga, que torna a franquia completa por si só, foi o arco bem desenvolvido da família tanto de Scott Lang quanto de Hope Van Dyne (Evangeline Lilly). Neste novo filme, a sincronia entre os personagens ficou ainda mais escancarada, um ótimo recurso para desenvolver personagens ''secundários''.
Além de uma ótima introdução à história de Kang, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania também aprofunda a personalidade de Cassie Lang (Kathryn Newton) e a história de Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer), até então deixada de segundo plano para trazer mais complexidade ao arco de Hope. O real problema, na verdade, fica refletido na Vespa, que perde boa parte do destaque na trama para que esse aprofundamento dos demais personagens aconteça, apesar de estampar o nome do filme.
Essa conexão entre pais e filhos, muito refletido na sintonia entre Rudd e Newton, torna o lado emocional do filme mais palpável — e aproxima o público ainda mais do núcleo da franquia. Mas deixa pontas soltas, em especial na breve participação de Evangeline Lily.
Apesar do esforço do time de efeitos visuais, o universo 100% criado para CGI no mundo quântico incomoda. Não dá para negar que a Marvel cometeu alguns deslizes com suas próprias premissas neste novo filme. Se em Vingadores: Ultimato os diretores brincaram com o tempo, sobretudo na cena em que Scott Lang destaca que seu tempo no reino quântico (cinco horas) foi bem menor do que os cinco anos de intervalo para os outros heróis, em Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, o tempo não parece ser tão importante.
Essa falha pode ser um dos problemas para os próximos filmes, bem como com os demais personagens envolvidos.
Como todo filme da Marvel, o valor do ingresso compensa pela diversão e entretenimento. A EXAME POP recomenda a bilheteria de Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, em especial para apreciar a atuação do elenco fantástico que o compõe.
O filme estreia em todos os cinemas brasileiros no dia 16 de fevereiro.
Fazem parte do elenco Paul Rudd, Evangeline Lily, Michelle Pfeiffer, Michael Douglas, Bill Muray, Kathryn Newton e Jonathan Majors.
Por estar conectado às demais histórias do universo cinematográfico da Marvel, antes de assistir ao novo filme do Homem Formiga, é recomendado assistir a primeira temporada da série Loki e os dois primeiros filmes da franquia do super-herói: Homem-Formiga e Homem-Formiga e a Vespa.