Pop

Guerra na Ucrânia: bares trocam nome do ‘Moscow Mule’ e jogam vodka fora

Donos de estabelecimentos veem na mudança uma tentativa de apoio à Ucrânia durante conflito; medida foi adotada principalmente nos EUA

Moscow Mule em cápsula: drinque é novo lançamento da B.blend (B.blend/Divulgação)

Moscow Mule em cápsula: drinque é novo lançamento da B.blend (B.blend/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de março de 2022 às 21h30.

Última atualização em 2 de março de 2022 às 21h31.

Tolerar a presença da Rússia, de qualquer forma, está sendo um desafio enorme para donos de bares. Tão grande que alguns deles estão se livrando de produtos russos ou até mesmo mudando o nome de drinques que remetem ao país governado por Putin – caso do famoso Moscow Mule. No mundo ocidental, a ação é uma tentativa de apoio à Ucrânia, e vai desde o envio de doações em dinheiro até às mudanças de nomes no cardápio. 

O movimento foi relatado principalmente nos Estados Unidos, com um bar em Las Vegas (o Evel Pie) jogando fora toda a vodka russa que tinha disponível. Em vez disso, o estabelecimento está usando produto ucraniano e realizando uma promoção de shots a 5 dólares, com todo o dinheiro sendo doado para a Cruz Vermelha. “Nós vamos manter essa ação até quando Putin ocupar de forma ilegal a Ucrânia”, afirma Branden Powers, dono do estabelecimento. 

Ainda nos Estados Unidos, Sam Silvio, co-proprietário da churrascaria Em Chamas, localizada em Kansas City, também seguiu o exemplo de tirar toda a vodka russa do bar e da mudança de nome do Moscow Mule para Snake Island Mule (em referência à ilha em que soldados se opuseram de forma corajosa à invasão russa). Além disso, o restaurante tirou do cardápio a Caipiroska, deixando somente a caipirinha, como apontou o The Washington Post. Bares em  outros estados, como Pensilvânia, Utah, Ohio, New Hampshire, bem como o Canadá, também se livraram da vodka russa. 

Apple, BP, Ford... Reputação foi decisiva para empresas saírem da Rússia

Apesar de parecer algo ‘pequeno’, o gesto de trocar nomes de comidas em um protesto político tem certa tradição no país. Em 2003, a Câmara dos Deputados mudou o nome das batatas fritas em seu refeitório (French Fries, em inglês) para “Freedom Fries”. O movimento foi parte de um protesto republicano contra a oposição da França à guerra no Iraque. 

Na Austrália, as redes Dan Murphy’s e BWS pararam de vender produtos de origem russa. E, em um dos vizinhos da Rússia, a Finlândia, a Alko Oy parou de vender cerca de 20 tipos de vodka, como mostrou a Bloomberg. 

Em 2022, contudo, a “moda” chegou até mesmo ao Brasil. Por aqui, Maurício Meirelles, comediante e co-proprietário de um bar em São Paulo, mudou o nome do drinque de Moscow Mule para U.N. Mule. Ainda na capital paulista, a cidade abriga, inclusive, um bar especializado no drinque, feito com vodca, refrigerante de gengibre e limão-siciliano: o Mule Mule Muleria – que ainda não anunciou nenhuma mudança na marca. 

Acompanhe tudo sobre:bebidas-alcoolicasGuerrasRússiaUcrânia

Mais de Pop

Vida em Urano? Luas do planeta têm até oceano, segundo nova pesquisa

Quem é Mike Tyson, lenda do boxe que lutará contra Jake Paul nesta sexta

Dia 20 de novembro, quarta-feira, é feriado nacional ou ponto facultativo?

Quais serão os próximos feriados de 2024: calendário com todas as datas