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Foccacia é italiana? Estudo sugere que prato não nasceu em Roma; entenda

Pesquisa arqueológica revela que a focaccia, ícone da culinária italiana, pode ter raízes no Neolítico, com práticas de panificação datando de até 7.000 a.C

Fragmentos de cerâmica descobertos no Crescente Fértil sugerem que bandejas ancestrais eram usadas para assar pães compartilhados em comunidades neolíticas (Wikimedia Commons/Dvortygirl)

Fragmentos de cerâmica descobertos no Crescente Fértil sugerem que bandejas ancestrais eram usadas para assar pães compartilhados em comunidades neolíticas (Wikimedia Commons/Dvortygirl)

Publicado em 25 de novembro de 2024 às 18h56.

Última atualização em 25 de novembro de 2024 às 18h56.

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Uma massa de pão quentinha, cozida com azeite. Quando pensamos em focaccia, é natural imaginar uma mesa italiana, repleta de aromas mediterrâneos. No entanto, novas descobertas arqueológicas sugerem que as origens desse pão tão emblemático remontam a milhares de anos antes da Roma Antiga. E bem longe da Itália, vale dizer.

Pesquisadores de universidades como a Autônoma de Barcelona (Espanha), Koç (Turquia) e La Sapienza (Itália) analisaram fragmentos de cerâmica encontrados em locais históricos na região do Crescente Fértil, que hoje engloba partes da Turquia e Síria. Essas peças, datadas entre 7.000 e 5.000 a.C., indicam que comunidades mesopotâmicas já produziam pães achatados, possivelmente semelhantes à focaccia moderna.

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Focaccia ou pão sírio?

Os fragmentos pertenciam a bandejas de argila grossa, com formatos ovais e marcas internas uniformes, características de utensílios usados para assar. Exames químicos revelaram resíduos de fitólitos — compostos de plantas —, além de vestígios de gordura animal e temperos vegetais, sinais de um processo culinário sofisticado. Os pães eram assados em temperaturas que podiam ultrapassar 400°C, técnicas avançadas para a época.

Não exatamente o azeite baseava a receita, mas foram encontrados resíduos com uma diversidade de ingredientes, o que sugere que os povos neolíticos experimentavam diferentes receitas para enriquecer os pães. As bandejas, que suportavam massas de até 3 kg, indicam que a prática era voltada para refeições comunitárias.

Sergio Taranto, líder do estudo, destaca a importância cultural dessas descobertas: “As comunidades usavam os cereais que cultivavam para criar pães enriquecidos com diversos ingredientes, compartilhados em grupo. Essa tradição culinária se desenvolveu ao longo de séculos e foi difundida pelo Oriente Próximo antes de chegar à Itália.”

*Este conteúdo foi produzido com o auxílio de ferramentas de inteligência artificial e revisado por nossa equipe editorial.

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