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Do fim de senhas compartilhadas ao true crime: como a Netflix venceu a batalha dos streamings?

Plataforma teve diversas novidades e mudanças importantes no ano

Os assinantes inicialmente se opuseram à tentativa da Netflix de proibir o compartilhamento de senhas, mas a política da empresa prevaleceu (Beata Zawrzel/NurPhoto/Getty Images)

Os assinantes inicialmente se opuseram à tentativa da Netflix de proibir o compartilhamento de senhas, mas a política da empresa prevaleceu (Beata Zawrzel/NurPhoto/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 4 de dezembro de 2024 às 07h02.

O ano de 2024 pode ser considerado memorável para a Netflix. Coroada pelo Business Insider como a vencedora das guerras do streaming, a empresa solidificou sua já enorme liderança em assinantes — com mais de 280 milhões de usuários pagantes em todo o mundo no terceiro trimestre, gerando bilhões de dólares em lucro anualmente e fazendo o preço de suas ações disparar.

E como a empresa fez isso neste ano? Ela tem se inclinado para programas populares como crimes reais e eventos ao vivo que têm grande apelo de anunciantes. Além disso, sua política de bloqueio de compartilhamento de senhas deu resultado e o investimento em tecnologia a respeito de anúncios chamou a atenção de empresas que querem aparecer na plataforma.

Veja os principais motivos para a Netflix liderar a guerra dos streamings neste ano, segundo o Business Insider:

Esportes ao vivo

A Netflix entrou forte na programação ao vivo em 2024, um formato que é essencial para aumentar anunciantes. No mês passado, a empresa transmitiu seu evento ao vivo mais assistido até o momento: a luta entre Jake Paul e Mike Tyson teve 60 milhões de espectadores.

A expectativa é grande para seu primeiro jogo da NFL no dia de Natal, que incluirá Beyoncé se apresentando no intervalo.

Crescimento publicidade em meio a uma reformulação executiva

A Netflix passou por mudanças de liderança em várias equipes neste ano. Em publicidade, Nicolle Pangis da Ampersand substituiu Peter Naylor como vice-presidente de publicidade.

A mudança ocorreu quando a Netflix relatou um crescimento de assinantes para contas com anúncios em 2024 — na casa dos 70 milhões, ante 40 milhões em maio.

O próximo passo para anúncios? A Netflix está construindo sua própria tecnologia de anúncios que será lançada no ano que vem.

Uma reformulação de liderança e estratégia no cinema

No início do ano, a Netflix dispensou seu chefe de filmes, Scott Stuber. O New York Times relatou que Stuber entrou em conflito com os superiores sobre que tipo de filme fazer. O diretor de conteúdo Bela Bajaria disse à equipe em uma reunião que a qualidade precisava melhorar conforme a empresa mudava de estratégia.

O novo chefe do setor, Dan Lin, entrou com uma visão simplificada. Em vez de filmes de ação de grande orçamento e estrelas famosas, ele buscou diversificar a oferta da empresa, priorizando produtores internos e pulando lançamentos nos cinemas. Lin também encerrou a prática de grandes pagamentos adiantados para estrelas do cinema.

iniciais que a empresa vinha emitindo para estrelas de cinema.

Crimes reais atingem consequências no mundo real

A Netflix continuou a se concentrar em crimes reais neste ano. Mas, embora suas séries fossem extremamente populares, algumas mergulharam o serviço de streaming em controvérsias.

A saga de perseguidores "Baby Rena" e a série de golpistas "Inventing Anna" geraram processos por difamação. E os dois projetos da Netflix sobre os irmãos Menendez — um drama produzido por Ryan Murphy e um documentário — também foram envolvidos em controvérsias.

Fim das senhas compartilhadas impulsionou o crescimento

Os assinantes inicialmente se opuseram à tentativa da Netflix de proibir o compartilhamento de senhas mas, no final, o serviço de streaming prevaleceu.

A mudança ajudou a impulsionar os lucros deste ano, com crescimento de assinantes que superou repetidamente as expectativas — e fez suas ações dispararem.

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