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Dia Mundial do Rock: os shows que marcaram a história da música

De Woodstock ao Rock in Rio, o rock deixou uma trilha de momentos históricos ao longo do último século

Dia Mundial do Rock: veja os shows mais icônicos da história (Dave Hogan/Hulton Archive/Getty Images)

Dia Mundial do Rock: veja os shows mais icônicos da história (Dave Hogan/Hulton Archive/Getty Images)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 13 de julho de 2024 às 00h11.

Última atualização em 13 de julho de 2024 às 00h16.

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Um bom solo de guitarra, bateria energizante e um vocal poderoso podem sustentar muitos shows de rock mundo afora. Mas caracterizá-los como memoráveis demanda bem mais do que isso: são raras as bandas ou artistas que, ao longo dos anos, conseguiram marcar a história da música com suas apresentações.

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No último século, no entanto, alguns nomes saltam quando o assunto é fazer show histórico. Muita gente não esquece o momento em que Freddie Mercury fazia uma verdadeira multidão cantar "Love of My Life" no Rock in Rio, ou de quando o Van Halen fechou o US Festival, em 1983, por US$ 1 milhão de cachê.

Neste Dia Mundial do Rock, comemorado em 13 de julho desde 1990 pelos brasileiros, a EXAME Pop separou 6 shows icônicos que marcaram a história da música no último século. Confira:

Jimi Hendrix - Woodstock (1969)

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Na tão famosa primeira edição do Woodstock, em 1969, que contou com uma porção de apresentações icônicas de nomes consolidados na indústria da música, como Janis Joplin, Creedance Clearwater, The Who e Joe Cocker, quem brilhou foi Jimi Hendrixconsiderado por muitos o maior guitarrista de todos os tempos.

No último dia do festival, Hendrix fechou a noite e fez história nos gramados do Bethel (Nova York, EUA). Foram mais de 200 mil pessoas assistindo o show no local, que até hoje é relembrado como um dos melhores do evento. O artista recebeu, pelo trabalho, o maior cachê entre os demais contratados pelo festival, de US$ 18 mil.

Queen - Rock in Rio (1985)

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Em 1985, na primeira edição do Rock in Rio, a banda Queen, liderada na época por Freddie Mercury, mudou a visão do mundo todo sobre o quanto um grupo musical pode ser amado pelos fãs.

O dia foi chuvoso, havia lama em todo o local, mas pessoas de vários países assistiam a transmissão ao vivo de mais de 300 mil pessoas cantando em coro as músicas da banda. O momento em que o público canta "Love of my Life" foi eternizado pelas câmeras e fez parte do filme "Bohemian Rhapsody" (2018), que conta a história do cantor e do Queen.

Nirvana - Hollywood Rock (1993)

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Nem todo show se torna memorável por ser bom; alguns são tão problemáticos que marcam a história também, só que do jeito errado. A passagem do Nirvana pelo Brasil, no Hollywood Rock de 1993, é um exemplo.

110 mil pessoas lotaram o Estádio do Morumbi, em São Paulo, para a apresentação da banda, o maior fenômeno da época. O problema é que tudo saiu fora do esperado: músicas de outras bandas entraram no setlist e o tão aguardado solo de "Smells Like Teen Spirit" foi tocado pelo trompete do baixista do Hot Chilli Peppers — o que fez com que Krist Novoselic deixasse o palco no meio do show. Quando ele voltou, por questões contratuais, tocou seu baixo completamente fora da afinação correta. 

No mesmo show, Kurt Cobain teve episódios de fúria e destruiu duas guitarras no meio da apresentação, que tiveram seus pedaços espalhados e jogados aos fãs mais próximos do palco. Os três integrantes chegaram também a trocar de instrumentos no meio do show, o que deixou muita gente confusa. 

Dias depois da apresentação em São Paulo, o Nirvana também fez um show polêmico no Rio de Janeiro, marcado por Kurt cuspindo nas câmeras que transmitiam a apresentação.

Rolling Stones - Londres (1969)

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Em Londres, no mesmo ano em que acontecia o icônico Festival de Woodstock, os Rolling Stones também marcaram a história com sua apresentação no Hyde Park, em Londres. Mais de 300 mil pessoas acompanharam a banda, que prestava uma homenagem ao ex-integrante Brian Jones. Ele havia morrido dias antes da apresentação, afogado.

Durante o show, Mick Jagger interrompeu as músicas para ler uma passagem do poema "Adonais", de Percy Bysshe Shelley, em memória a Jones. Em seguida, 3 mil borboletas brancas foram soltas na direção da plateia.

Vale dizer que um dos maiores shows da carreira da banda foi no Brasil, em 2006, no Rio de Janeiro. Naquele ano, o Rolling Stones levou 1,5 milhão de pessoas para a praia de Copacabana.

Paul McCartney - Rio de Janeiro (1990)

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O Brasil já foi palco de inúmeros momentos memoráveis na história do rock, sobretudo por ter uma plateia robusta e emocionada. Um deles foi a primeira passagem do eterno Beatle Paul McCartney pelo Rio de Janeiro, em 1990, no estádio do Maracanã.

Cerca de 184 mil pessoas prestigiaram o cantor no que se tornou o maior público da história da capital fluminense na época, com arrecadação de US$ 3,5 milhões. McCartney apresentou a "The Paul McCartney World Tour", que teve 104 datas diferentes ao redor do mundo.

Black Sabbath - Des Moines (1982)

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Outro momento icônico, mas nada agradável, foi o show do Black Sabbath na cidade de Des Moines, Iowa, Estados Unidos. Reza a lenda que durante a apresentação, um fã jogou um morcego no palco e o vocalista da banda, Ozzy Osbourne, achou que se tratava de um objeto de plástico e resolveu mordê-lo, arrancando a cabeça do animal — que estava muito bem vivo, somente desacordado.

Em sua biografia, o artista conta que quando sentiu o sangue do morcego escorrer pela garganta e pela boca, parou o show imediatamente e correu para o centro médico. "Precisei ir ao hospital depois e começaram a me dar injeções contra raiva. Ganhei uma em cada traseiro e tinha que tomar uma todas as noites", conta ele no livro.

Não há nenhuma gravação do momento em que Ozzy de fato mordeu o morcego. Anos mais tarde, depois que a notícia estampou capas de jornal, ele repetiu a cena com um morcego de borracha — essa que é mostrada no vídeo acima.

Bônus: Queen - Live Aid (1985)

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Além da apresentação histórica no Rock in Rio, naquele mesmo ano (1985), o Queen também se apresentou no Live Aid, um evento realizado nos Estados Unidos e em Londres, com o objetivo de arrecadar fundos para acabar com a fome na Etiópia.

No show feito na capital britânica, no estádio do Wembley, o Queen performou uma de suas apresentações mais emocionantes para um público de 82 mil pessoas. O show também foi eternizado no filme "Bohemian Rhapsody" (2018), que garantiu um Oscar de melhor ator a Rami Malek.

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