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Cientistas descobrem templo egípcio de mais de 2 mil anos soterrado na areia

O estudo da Universidade de Tubinga descobriu que o complexo foi provavelmente dedicado à deusa Repit, representada com cabeça de leão

Templo antigo no Egito: veja a nova descoberta (Marcus Müller, Projeto Athribis/Reprodução)

Templo antigo no Egito: veja a nova descoberta (Marcus Müller, Projeto Athribis/Reprodução)

Publicado em 6 de dezembro de 2024 às 15h05.

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O Antigo Egito é tema constante de diversas expedições em busca de múmias e sarcófagos escondidos no deserto. Uma delas, realizada por arqueólogos da Universidade de Tubinga, na Alemanha, rendeu a recente descoberta de um novo templo de 2 mil anos, escondido na costa de um penhasco, na antiga cidade de Athribis.

Localizado próximo à vila de Sohag, o sítio arqueológico revelou uma estrutura monumental, datada do período dinástico do Reino Ptolemaico. O templo foi protegido por duas torres, com relevos e inscrições que mostram práticas religiosas na época do Faraó Ptolomeu VIII, que governou entre 170 e 163 a.C., e mais tarde de 145 a 116 a.C.

O estudo da Universidade de Tubinga descobriu que o complexo foi provavelmente dedicado à deusa Repit, representada com cabeça de leão, que era consorte do deus Min, associado à fertilidade e à colheita. A entrada do espaço apresenta imagens do Faraó Ptolomeu VIII oferecendo sacrifícios a ela e ao seu filho, Kolanthes.

Escondido, preservado e protegido

A descoberta das torres de entrada também revela como o templo era protegido. Na torre Norte, a equipe encontrou uma câmara de três metros de largura por seis metros de altura, inicialmente usada para armazenar utensílios sagrados. Na parte de trás, havia espaço para anáforas e, ao longo das paredes, os hieróglifos detalham deuses importantes da mitologia egípcia, incluindo Repit e Min.

Os arqueólogos também se mostraram interessados em uma imagem do deus Min acompanhado de duas estrelas decanas, figuras mitológicas que representavam divindades associadas ao tempo e à medição das horas noturnas. Essas estrelas, com corpo humanoide e cabeça de falcão ou íbis, eram essenciais para o calendário egípcio e a medição do tempo durante a noite.

Embora a entrada original do templo dê acesso a uma escada que conduzia aos andares superiores, esses espaços não existem mais. A análise preliminar do templo sugere que ele originalmente tinha 51 metros de largura, com as torres alcançando 18 metros de altura. Hoje, no entanto, apenas cinco metros das torres sobreviveram.

As escavações no templo começaram em 2022, mas fazem parte de um projeto de longo prazo iniciado em 2012, que explora a rica história do complexo de templos de Athribis. Com mais investigações programadas, espera-se que futuras escavações revelem ainda mais detalhes sobre o templo e seus contextos religiosos, culturais e históricos.

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