Política

PT se reúne na sexta para decidir sobre comando do partido após ida de Gleisi para o governo

Encontro estava marcado para o dia 10 e foi antecipado para o próximo dia 7; Humberto Costa (PE) e José Guimarães (CE) são cotados para mandato-tampão

O presidente Lula, a presidente do PT, Gleisi Hofmann, e o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento do PT em 2019 (Ricardo Stuckert/Divulgação)

O presidente Lula, a presidente do PT, Gleisi Hofmann, e o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento do PT em 2019 (Ricardo Stuckert/Divulgação)

Agência o Globo
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Publicado em 3 de março de 2025 às 19h44.

O PT realizará nesta sexta-feira, dia 7 de março, uma reunião para definir quem comandará a legenda temporariamente no lugar da deputada Gleisi Hoffmann, indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar a articulação política do Palácio do Planalto.

O nome do senador Humberto Costa (PE) aparece como favorito para o mandato-tampão, mas disputa espaço com o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (CE).

A expectativa de integrantes do governo era que a nomeação de Gleisi no Palácio do Planalto contemplaria a ala que ainda resistia à escolha do ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva como presidente do partido, mas apenas a partir de 6 de julho, para quando está marcada a eleição interna direta com todos os filiados.

Porém, lideranças da corrente majoritária, a Construindo um Novo Brasil (CNB), planejam colocar Humberto Costa no mandato-tampão e fazer com que ele use o posto para se cacifar como candidato na disputa de julho. Pelo menos três integrantes da executiva petista defendem essa ideia. Edinho não faz parte do diretório nacional e, por isso, não pode se candidatar a ocupar a presidência do partido a partir de agora.

Atual presidente da sigla, Gleisi terá de se afastar do cargo para assumir o ministério, seguindo normas estabelecidas pela Comissão de Ética da Presidência. Assim, o partido precisa escolher alguém para completar o mandato.

Agora cotado para exercer o mandato-tampão no PT, Guimarães chegou a ter o nome citado como opção para a Secretaria de Relações Instituições. Em caráter reservado, interlocutores do Planalto afirmam que a menção do nome do parlamentar em uma investigação sobre desvio de emendas esfriou suas chances, fazendo com que ele fosse preterido por Lula. O deputado não é investigado e nega qualquer irregularidade.

Na reunião com Lula em que foi definida sua entrada na Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi sugeriu ao presidente que Guimarães assuma o mandato-tampão no PT.

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