O atual presidente Daniel Noboa votou ao lado de seu filho (EFE)
Agência de Notícias
Publicado em 13 de abril de 2025 às 17h19.
Última atualização em 13 de abril de 2025 às 17h21.
Mais de 41% do eleitorado equatoriano já havia votado até a metade da jornada no segundo turno das eleições presidenciais neste domingo, 13, que se desenvolve de forma tranquila e com poucos imprevistos, e para o qual já votaram os dois candidatos: o atual presidente, o conservador Daniel Noboa, e a candidata correísta, Luisa González.
As fortes chuvas e o clima invernal, que forçaram a transferência de 24 centros de votação em dez províncias, e a proibição do uso de smartphones durante a votação, foram os dois principais fatores de um dia em que não foram registradas grandes altercações ou problemas.
"A taxa de participação atingiu 41% em nível nacional. Esse número reflete uma resposta ativa do eleitorado", disse a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint, durante o relatório do meio da jornada eleitoral.
Essas eleições, nas quais o voto é obrigatório para toda a população de 18 a 65 anos, decidirão quem será o chefe de Estado nos próximos quatro anos: o atual presidente e candidato da Ação Democrática Nacional (ADN), Daniel Noboa, ou a candidata do Revolução Cidadã, partido liderado pelo ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), Luisa González.
González, que se vencer se tornará a primeira presidente do Equador eleita nas urnas, foi a primeira a votar, na cidade de Canuto, na província litorânea de Manabi, onde cresceu. Ela chegou acompanhada de sua equipe, caminhando sob a chuva e com um forte esquema de segurança, enquanto seus partidários cantavam "Luisa presidente".
"Peço às forças de segurança, à Polícia Nacional e às Forças Armadas, que não intervenham a favor ou contra, mas que assegurem que a democracia seja garantida corretamente. Não para intervir na contagem dos votos nas urnas, mas para garantir a segurança do povo equatoriano, que não aguenta mais", declarou Gonzalez aos repórteres após votar.
Menos de meia hora depois, Noboa votou acompanhado de sua esposa, a produtora de conteúdo Lavinia Valbonesi e seus três filhos, em Olón, cidade litorânea da província de Santa Elena, onde o presidente estabeleceu sua residência.
"Hoje nós vencemos. Hoje será um dia importante para a história do Equador", disse ele antes de deixar o centro onde votou em meio a uma forte segurança, que manteve as ruas ao redor fechadas, e depois se dirigiu à sua residência, onde aguardará os resultados.
A novidade dessas eleições foi a proibição do uso de smartphones no momento da votação, como uma medida para evitar que eles fossem usados para tirar fotos das cédulas de votação e servissem como prova de voto para uma determinada tendência.
Ao todo, 17 pessoas foram notificadas por esse motivo, de acordo com um relatório inicial do CNE, cujo presidente enfatizou que "tanto a Polícia Nacional quanto as Forças Armadas estão cumprindo integralmente a proteção da ordem pública".
Para esse fim, há cerca de 59.000 efetivos das Forças Armadas e 56.000 policiais em todo o país, de acordo com relatórios de ambas as forças de segurança, que informaram que 634 pessoas foram presas por vários crimes e 56 armas de fogo e 190 armas brancas foram apreendidas, enquanto 52 veículos e 59 motocicletas que foram dados como roubados foram recuperados.
A votação também ocorre normalmente no exterior, tendo sido concluída em 47 zonas eleitorais e ainda em andamento em 50. Os centros de votação fecharão às 17h locais (19h em Brasília) e espera-se que os primeiros resultados sejam divulgados uma hora depois, à medida que a contagem avança