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Videolocadoras apostam no Blu-ray para vencer pirataria

Número de estabelecimentos em São Paulo caiu 39% em sete anos

Blu-ray disc (Divulgação)

Blu-ray disc (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2012 às 19h02.

Brasília - A chegada da tecnologia blu-ray ao mercado nacional representa um alento para as videolocadoras. Ela estabilizou os negócios e a queda acentuada, tanto de faturamento como do número de lojas especializadas em locação de filmes, pelo menos no estado paulista. A receita do segmento cresceu em torno de 6% no ano passado, segundo o Sindicato das Empresas Videolocadoras do Estado de São Paulo (Sindemvideo).

A boa perspectiva também anima as lojas que alugam games (jogos virtuais). Atualmente os jovens não querem mais competir só com o computador e desejam interagir com outros jogadores via internet. Essa é a novidade da terceira geração dos jogos virtuais, na qual a interatividade só é possível se a cópia do game for reconhecida como legal pelos provedores. Caso contrário, é bloqueada e não há jogo. Essa garantia anima os donos de locadoras de vídeos.

A tecnologia de gravação de discos, junto ao serviço pago para baixar filmes e jogos da internet, provoca mudanças no segmento, segundo Luciano Tadeu Damiani, presidente da Sindemvideo/SP. “Para enfrentar o novo cenário, a tendência é a fusão de locadoras. A concorrência vai aumentar e incluir grandes livrarias, redes de lojas de departamento e até concessionárias do setor de telecomunicações, que já estão entrando no nosso segmento”, alerta. A quantidade de videolocadoras vai ser reduzida, mas sempre haverá aquele consumidor que gosta de ir à loja ver o produto com as mãos e conversar com as pessoas no balcão, tranquiliza.

Diversificação X pirataria

Entre 2004 e 2005, havia 4,8 mil videolocadoras em atividade no estado paulista. Em 2010, de acordo com levantamento da Sindemvideo, esse número baixou para 1,8 mil lojas especializadas em locação de filmes e jogos. A queda ocorrida foi de 39%, em aproximadamente sete anos. Cerca de 60% da mão de obra empregada pelo segmento foi demitida no estado paulista, no mesmo período, segundo o levantamento da entidade.

A partir do segundo semestre de 2010, as videolocadoras intensificaram a diversificação de produtos e serviços oferecidos na loja para enfrentar a concorrência desleal da pirataria de filmes e games, praticada nas ruas de todo o país. Essa é a principal razão da queda brusca do faturamento, fechamento de lojas do segmento e demissões, segundo Damiani.

Desde então, passou a ser comum encontrar produtos de conveniência nas locadoras de vídeo, tais como pipoca, sorvetes, refrigerantes, chocolates, brinquedos, eletroeletrônicos, presentes e até peças de vestuário. “Videolocadora nua não dá”, resume o presidente da Sindemvideo. Muitas também dividiram a loja, criando espaço para computadores conectados à rede e, assim, funcionar também como lan houses. “Vender tem sido melhor do que locar”, afirma o presidente do Siindemvideo/SP. Pelo menos até que o blu-ray entre para valer no gosto e lares brasileiros.

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