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Venda da Fibria habilita BNDES a ter R$ 5 bi para novas startups

Segundo Rabello, o interesse do banco é destinar esses recursos, em especial, a empresas inovadoras, sem direcionamento a um setor específico

BNDES: a BNDESPar levou R$ 8,5 bilhões na venda da Fibria (Nacho Doce/Reuters)

BNDES: a BNDESPar levou R$ 8,5 bilhões na venda da Fibria (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de março de 2018 às 19h23.

Última atualização em 16 de março de 2018 às 22h17.

São Paulo - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, disse nesta sexta-feira, 16, que a venda da Fibria libera, pelo menos, R$ 5 bilhões a serem direcionados pelo banco de fomento a startups.

Segundo ele, o interesse do banco é destinar esses recursos, em especial, a empresas inovadoras, sem direcionamento a um setor específico. Rabello afirmou que o BNDES tem caixa para fazer esses aportes antes mesmo que os recursos da venda da Fibria a Suzano cheguem ao banco, o que depende da aprovação do negócio por órgãos antitruste.

A BNDESPar, braço de participações do BNDES, levou R$ 8,5 bilhões na venda da Fibria, mas manterá uma participação de 11,1% na companhia resultante da combinação com a Suzano.

"Essa operação nos habilita a ter pelo menos R$ 5 bilhões alocados a startups que estão na rua e o BNDES vai buscar. O BNDES quer saber quais são os futuros campeões do Brasil", comentou Rabello.

Ele afirmou que, após entrar na indústria de papel e celulose para fomentar o setor, e, depois disso, protegê-lo na crise financeira internacional de 2008, a BNDESPar avaliou que não havia mais necessidade em permanecer na Fibria, a não ser como investidor.

"Vendemos uma parte e temos 11,1% recomprado na nova companhia, junto com direito de voto, porque acreditamos no negócio, mas agora com outra configuração", comentou o executivo.

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