Dúvida: entenda quando vale a pena investir numa franquia de baixo custo (gpointstudio/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2016 às 15h00.
Vale a pena investir numa microfranquia?
Escrito por Marcus Rizzo, especialista em franquias
Microfranquia é uma denominação brasileira para franquias de “baixo investimento”. Esta classificação já foi alterada duas vezes sendo a primeira para aquelas franquias com investimento até R$ 50 mil e, logo em seguida, passou para até R$80 mil.
No mercado americano de franquias, a classificação é pela atividade e não pelo valor de investimento. Assim, lá existem as franquias chamadas de “home based”, operadas unicamente pelo franqueado e com base operacional na própria casa.
Classificar franquias pelo investimento é temeroso, por induzir o candidato a buscar uma “barata e boa”. Será? Vamos analisar quando realmente vale a pena ou não:
• Busca apenas um investimento baixo, mesmo que não tenha nenhuma identificação com o negócio;
• Pensa que, como é uma franquia e ainda premiada, vai ficar rico sem fazer nada e que a premiação substitui sua avaliação;
• Não lê com atenção e cuidado a COF (Circular de Oferta de Franquias), documento legal em que o franqueador descreve seu conceito e fornece uma lista com os atuais franqueados e aqueles que se desligaram;
• Não quer ter o trabalho de checar as informações da COF com franqueados daquela franquia em que está interessado, perguntando objetivamente se eles receberam o prometido;
• Assina um Contrato de Franquia, que começa dizendo que recebeu e concordou com a COF, sem nunca ter visto ou mesmo discutido o documento;
• Inicia o treinamento (quando ele existe) e verifica que não foi nada daquilo que comprou, mas mesmo assim segue em frente;
• Não checa a reputação do negócio escolhido em sites como Reclame Aqui e outros do gênero que estão cheios de reclamações de franqueados de algumas franquias;
• Acredita que o franqueador, mesmo sem nenhuma unidade própria, vai conseguir lhe passar a necessária experiência e conhecimento do negócio;
• Fica encantado se o mesmo franqueador possui diversas franquias diferentes para lhe vender, e não pergunta como ele consegue ser bom em tantos negócios diferentes ao mesmo tempo;
• Baseia sua escolha na liberdade que o franqueador lhe dá para fazer modificações no negócio (imagine que bagunça de negócio que você entrou, pois cada franqueado fará de um jeito, incluindo você);
• Acredita que deverá trabalhar pouco, ou mesmo que é apenas um negócio “part time” para reforçar sua renda.
• Desconfia de selos, prêmios e outros, considerando que nada pode substituir sua avaliação pessoal;
• Não aceita o contato com intermediários corretores e quer ser atendido diretamente pelo franqueador ,com quem deverá conviver alguns bons anos de sua vida no negócio;
• Quer que o negócio lhe dê uma direção e o franqueador a orientação;
• Tem sua escolha baseada na sua identificação com o negócio. Esta identidade será o motor da motivação necessária para tocar sozinho um pequeno negócio, entendendo que tudo dependerá apenas de você;
• Escuta os atuais franqueados do negócio que lhe recomendam a aquisição e dizem que eles mesmos teriam ou gostariam de ter novas unidades daquela mesma franquia;
• Ao término do treinamento, você sente a confiança e o conhecimento necessário para fazer o negócio acontecer.
Avalie o quadro comparativo entre benefícios e desafios para a operação de uma microfranquia e, boa sorte!
Marcus Rizzo é sócio- fundador da consultoria Rizzo Franchise.
Envie suas dúvidas sobre franquias para pme-exame@abril.com.br.