Uber Eats: empresa vai investir cerca de 70 milhões de reais em ações de marketing para gerar demanda para os restaurantes cadastrados (Germano Lüders/Exame)
Carolina Ingizza
Publicado em 31 de março de 2021 às 06h00.
Última atualização em 31 de março de 2021 às 10h34.
O aplicativo de delivery Uber Eats anuncia nesta quarta-feira, 31, novas medidas para ajudar os restaurantes parceiros que usam a plataforma. Por um mês, a partir do dia 8 de abril, os estabelecimentos que usam frota própria de entregadores poderão pagar somente 5% de taxa por pedido, uma redução de 70% no preço normalmente cobrado. Já os restaurantes que usam as entregas da empresa terão taxa de 18%.
A companhia também afirma que vai investir 70 milhões de reais em ações de marketing e promoções para atrair mais consumidores para a plataforma. "Essas novas medidas se somam às ações de auxílio que anunciamos em fevereiro e que estão sendo prorrogadas por mais um mês", diz Rafael Pereira, líder de operações de restaurante do Uber Eats. Entre essas ações, está a antecipação diária e gratuita dos pagamentos para os restaurantes.
No ano passado, o Uber Eats teve um crescimento de 80% no número de restaurantes cadastrados na sua plataforma, um reflexo da necessidade de digitalização dos negócios com o fechamento do atendimento presencial. Pesquisa do Instituto Locomotiva encomendada pela VR Benefícios mostra que 81% dos restaurantes passaram a fazer entregas durante a pandemia e pretendem manter a modalidade ativa mesmo após o fim dela. Antes, só 49% desses estabelecimentos faziam delivery.
“Os aplicativos de delivery, como iFood, Rappi, Uber Eats, foram a alternativa que o empreendedor encontrou para chegar aos clientes que ele não tinha estabelecido relacionamento nos canais digitais”, diz Ivan Tonet, coordenador de iniciativas digitais do Sebrae.
Desde fevereiro, quando a pandemia piorou no Brasil, vários aplicativos de delivery adotaram medidas para ajudar os estabelecimentos parceiros a vender mais online e compensar a queda de receita da venda presencial.
O iFood, que detém 80% de participação no mercado de delivery, reduziu por mais quinze dias as taxas cobradas na sua plataforma. Para estabelecimentos que usam a logística da empresa, as taxas caem de 23% para 18%. No caso dos restaurantes que operam com entrega própria, a redução é de 12% para 11% por venda.
A companhia também seguirá até o dia 30 de junho repassando gratuitamente os recebíveis em até sete dias depois das vendas para todos os empreendedores ativos há mais de 30 dias na plataforma. Além disso, na cidade de Campinas e do Rio de Janeiro, testa um modelo de parcerias com empresas de gás, luz e internet para reduzir as contas fixas dos parceiros em até 4.000 reais por mês. Se for bem sucedido, deverá ser expandido para o restante do país.
Já a Rappi, a pedido da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), anunciou na semana passada uma redução de taxas a partir do dia 5 de abril para os restaurantes da sua plataforma. Os pedidos com entrega própria terão comissão de 5% e os com entrega feita pela Rappi serão cobrados em 18%. A empresa também está antecipando os recebíveis para até sete dias depois da venda sem cobranças.
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