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Startup usa tecnologia para colocar vinho certo na sua mesa

Num país com pouquíssimo consumo de vinho, startup usa a tecnologia a seu favor.

Vinho, garrafa de vinho, jantar romântico, bebida (Thinkstock)

Vinho, garrafa de vinho, jantar romântico, bebida (Thinkstock)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 13 de novembro de 2015 às 10h00.

São Paulo – Descobrir qual será o seu próximo vinho preferido. Essa é a missão da Wine.com.br, uma startup brasileira de venda de bebidas pela internet. Criada em 2008, a empresa tem crescido de forma invejável. Com um faturamento de 9 milhões de reais no primeiro ano, ela comemora a marca de 300 milhões de reais em 2015.

Tudo isso num país que consome pouquíssimo vinho. A média de consumo no Brasil é de apenas 2 litros por ano para cada habitante, muito pouco se comparado com países como a França, onde uma pessoa chega a consumir 50 garrafas por ano.

Para conseguir esse sucesso, a Wine conta com a ajuda da tecnologia. A empresa desenvolveu um sistema que usa as informações fornecidas pelo usuário para tentar descobrir qual o próximo vinho que ele vai gostar de ter em sua mesa.

“A partir das interações do cliente no site, seja na compra ou na recomendação de um produto, nós temos um sistema que segmenta os vinhos de acordo com o gosto desse cliente e com o preço que ele costuma pagar. Com isso eu consigo saber quais produtos estão no perfil daquele usuário”, explica Jorge Tung diretor de tecnologia da Wine.

Com esses dados em mãos, a empresa então contata seus clientes para oferecer os rótulos com maior potencial de agradá-los. E nesta fase a tecnologia também está envolvida. Isso porque já foi a época em que o contato com o cliente significava apenas disparar uma batelada de e-mails impessoais. Hoje isso evoluiu e inclui abordagens em diversas plataformas de maneira personalizada.

“O cliente não aceita mais receber um e-mail geral. É esperado que você consiga mandar mensagens personalizadas, para quem gosta de vinho italiano, ou uma específica para homens e outra para mulheres, por exemplo”, afirma Jorge Toledo, diretor da Oracle, empresa responsável pelo sistema usado pela Wine no atendimento ao cliente.

Outra mudança é a interação entre as plataformas, explica Toledo. “Os canais não são mais isolados. Agora e-mail, SMS, aplicativo e outros se misturam de maneira orquestrada”.

Clubes de assinatura

Como toda empresa, além de manter o atual cliente sempre ativo, a Wine também tem uma preocupação constante em conquistar novos usuários. "O Brasil é um dos países com maior potencial de consumo de vinhos", afirma Jorge Tung. Para aproveitar esse potencial, uma das apostas da startup são os clubes de assinatura. 

Hoje, a Wine tem uma base de 300 mil clientes, sendo 140 mil assinaturas, ou seja, usuários que pagam para receber produtos em sua casa todo mês. Além dos planos tradicionais (nas versões One, Classic e Premium), a marca tem também uma assinatura específica para espumantes e outra para vinhos brancos e rosés, lançada neste mês.

Além de fidelizar o cliente, a assinatura é uma ótima maneira de coletar dados sobre os produtos que fazem mais sucesso, para então lançar mão da tecnologia novamente. “Somos um Netflix do vinho para esses clientes. Então tenho uma interação quase mensal com eles. É essa interação que torna nossa base viva”, resume Jorge Tung. 

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