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Startup oferece consulta em vídeo por R$30 para sintomas de coronavírus

Empresa criada pelo ex-diretor do Einstein, Vitor Moura, planeja o lançamento do serviço para o começo da noite deste sábado

Vitor Moura, presidente da VidaClass: “com o que está acontecendo, percebemos que os hospitais não teriam condições de atender todo mundo”
 (VidaClass/Divulgação)

Vitor Moura, presidente da VidaClass: “com o que está acontecendo, percebemos que os hospitais não teriam condições de atender todo mundo” (VidaClass/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 17 de março de 2020 às 06h00.

Última atualização em 17 de março de 2020 às 06h00.

É difícil evitar o pânico. Desde quarta-feira, 11, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou que a situação do novo coronavírus é uma pandemia, cresce a preocupação com a doença ao redor do mundo. 

Para tentar auxiliar o sistema de saúde e acalmar a população, a startup brasileira VidaClass lança um serviço específico: uma consulta médica virtual. Por 30 reais, é possível se consultar com um médico ou enfermeiro de plantão para ter uma primeira avaliação de sintomas.

“É uma forma de proteger as pessoas com dúvidas da contaminação no ambiente hospitalar”, informa Vitor Moura, presidente da startup.

Nesse primeiro momento, catorze profissionais de saúde estão de plantão para atender a demanda. Caso a procura seja grande, há a possibilidade de contratação de mais 2.400 médicos que estão na base da empresa parceira de telemedicina, a IMED, que oferece o serviço. 

Os atendimentos poderão ser feitos 24 horas por dia todos os dias da semana. Para contratar o serviço, basta entrar no site ou baixar o aplicativo da VidaClass. Após um breve cadastro e pagamento da consulta (por crédito ou boleto), já pode ser realizado o atendimento médico.

Os profissionais que trabalham para a plataforma seguem os protocolos definidos pela OMS para a doença. Caso o paciente apresente sintomas não relacionados ao coronavírus, o profissional indicará qual o melhor caminho para tratamento. Se houver sintomas que indiquem que o paciente pode ser portador do vírus, o médico encaminha o atendimento para uma unidade de saúde. 

Trajetória da VidaClass

A startup foi fundada em 2014 pelo português Vitor Moura, antigo diretor financeiro do Hospital Albert Einstein e do Grupo Notre Dame Intermedica. Ele conta que seu contato com o sistema de saúde brasileiro o fez perceber que havia uma oportunidade para criar um produto focado em pessoas que não tem plano de saúde. 

“O SUS fornece um atendimento de primeiríssima qualidade, o problema é que há 160 milhões de pessoas batendo na porta”, diz Moura. Pensando em soluções, ele decidiu criar um modelo que permitisse um atendimento médico inicial mais barato, para que as pessoas pudessem ter acesso a um diagnóstico mais rapidamente.

Mais de 20 mil profissionais estão cadastrados na plataforma — que oferece atendimento com médicos, dentistas, realização de exames e seguros de diária de internação hospitalar. Basta entrar no site da Vida Class, escolher o serviço e realizar o pagamento. Os preços oscilam entre 35 a 700 reais, a depender da especialidade. Na cidade de São Paulo, um hemograma completo sai por 6 reais, por exemplo. 

O seguro que cobre a diária de internação hospital, por sua vez, é vendido a partir de 19,50 por mês (com cobertura de 250 por dias de internação) a 36,50 reais (cobertura de 1.000 reais por dia). O produto é oferecido em parceria com duas grandes seguradoras — uma nacional e a outra espanhola. 

Para consolidar seus planos de expansão, a empresa recebeu aporte de 2 milhões de euros em novembro de 2019 das empresas espanholas Iporanga Advisory e GEM Reserach.

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