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Startup leva teste de coronavírus para empresas; entenda como funciona

A startup MaxLev entrou no mercado corporativo e saltou de uma média de 40 exames por dia para cerca de 200, além de oferecer serviço de drive-thru

Testes para o coronavírus: Para grandes empresas, a startup acaba de lançar o serviço de drive-thru, com capacidade para realizar até 400 exames por dia (Luis Alvarenga/Getty Images)

Testes para o coronavírus: Para grandes empresas, a startup acaba de lançar o serviço de drive-thru, com capacidade para realizar até 400 exames por dia (Luis Alvarenga/Getty Images)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 12 de maio de 2020 às 13h00.

Última atualização em 12 de maio de 2020 às 13h00.

Um dos grandes desafios do enfrentamento da pandemia do novo coronavírus é a falta de testes e, assim, de informações precisas sobre a situação atual. Com o objetivo de levar testes rápidos a empresas, a MaxLev foi criada há poucas semanas, fruto da aquisição de parte da MedLev pelo Grupo Pharmainvest. Desde então, a startup entrou no mercado corporativo e saltou de uma média de 40 exames por dia para cerca de 200.

Mais do que vender os testes, a empresa vende também o serviço, com o envio de uma enfermeira ou equipe de saúde para fazer a coleta de sangue. O agendamento, cadastro dos pacientes e pagamento são feitos pela internet. Dessa forma, não há contato com maquininhas de pagamento, canetas e pranchetas para cadastro ou outro tipo de material que possa ser contaminado, diz o vice-presidente da MaxLev, Patrick Choate.

O primeiro resultado sai em 10 minutos e o laudo técnico, em duas horas. Para empresas com mais de 10 funcionários, cada exame sai por R$ 349,00. Para pessoas físicas, o teste rápido custa R$ 399,00. Os testes podem ser realizados na casa dos funcionários ou nas empresas. 

Para testes em grandes empresas, a startup acaba de lançar o serviço de drive-thru, com capacidade para realizar até 400 exames por dia. A MaxLev já levou o serviço para supermercados, indústrias, empresas de eventos, construtoras, condomínios e empresas do setor de serviços.

A startup recebe antecipadamente as informações das placas dos veículos dos funcionários da empresa para controlar o acesso à tenda montada em um estacionamento ou outro local indicado. Caso o funcionário queira levar algum familiar junto para a realização do teste rápido, ele pode pagar separadamente pelo serviço.

O grupo de investimentos também controla outras empresas de saúde, como Nunes Farma, uma distribuidora de produtos de saúde, e a Maxi Vita, de venda de vitaminas e suplementos. Os profissionais de saúde não são contratados pela startup, mas fazem parte da rede de clínicas Saúde Aqui. Os testes são realizados pelo laboratório Biomega.

"A startup nasceu por conta do coronavírus, mas não queremos ficar atrelados a apenas essa função", diz Choate. A empresa busca funcionar como um marketplace de saúde, ligando prestadoras de serviço de saúde a clientes interessados. Entre outros produtos, está a venda de máscaras de proteção, sanitizantes e vitaminas. 

Acompanhamento de sintomas

Enquanto não há testes para todos, outras empresas buscam formas de monitorar os funcionários, mesmo em home office. A Nimbi, startup de gerenciamento de logística e de cadeia de suprimentos, criou uma plataforma para as empresas acompanharem a saúde de seus funcionários. 

Duas vezes por dia os funcionários recebem um relatório para preencher com dados sobre sintomas como febre, dor de garganta e tosse, e outras informações de bem estar. Dessa forma, cada empresa pode verificar, em um mesmo painel, quais são os grupos de risco. Como as informações também são geolocalizadas, é possível ver se alguma região apresenta mais casos entre os funcionários, por exemplo.

A Nimbi começou testando a plataforma com seus 300 funcionários para depois oferecer o serviço a novos clientes. Hoje, cerca de 100 empresas já usam a plataforma. "Vemos outras empresas, que não são nossos clientes, nos conhecendo por causa dessa plataforma. Também há uma variedade entre as empresas, de pequenas às maiores do Brasil", diz Carolina Cabral, sócia diretora na Nimbi. 

A companhia reforça que sua plataforma não realiza nenhum diagnóstico, apenas faz o acompanhamento de sintomas. Essas informações devem ser analisadas pelo time de RH ou de saúde de cada empresa para tomar medidas, como intensificar o home office para áreas que ainda estão trabalhando presencialmente. Os dados também devem ser usados para, no momento adequado, criar um plano de retorno ao escritório, protegendo pessoas com mais riscos ou que moram em regiões mais afetadas, por exemplo. 

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