Plataforma da Matific será usada para ensinar matemática à distância em meio à pandemia de coronavírus (Matific/Divulgação)
Mariana Desidério
Publicado em 3 de abril de 2020 às 17h27.
Última atualização em 3 de abril de 2020 às 17h30.
A plataforma de jogos Matific, focada em ensino de matemática por meio da tecnologia, é uma das parceiras do governo de São Paulo em um programa de aulas à distância lançado nesta sexta-feira para os alunos da rede pública que estão sem aula devido à quarentena imposta pela pandemia do coronavírus. A startup foi fundada em 2012, está presente em 40 países e tem auxiliado alguns deles nos desafios da educação à distância em meio à pandemia de coronavírus.
Presente no Brasil há cinco anos, a empresa doou 1,5 milhão de licenças para uso de sua plataforma por alunos da rede pública de São Paulo durante 60 dias. A plataforma é voltada para crianças entre cinco e doze anos. Atualmente é usada em 3.500 escolas brasileiras, dentre instituições particulares e públicas, com 600 mil alunos usuários.
A ideia é que a criança aprenda matemática por meio de jogos e desafios que simulam situações da vida real. “Temos um software que permite que essas criaças aprendam de forma mais lúdica, colocando a mão na massa no ambiente dos jogos. Engajamos os alunos em situações do cotidiano, para trabalhar a resolução de problemas da vida real”, afirma Dennis Szyller CEO da Matific Brasil.
A plataforma pode ser acessada por qualquer dispositivo, como tablets e smartphones. “No contexto de quarentena imposta pela pandemia de coronavírus, muitos pais se preocupam com o tempo que as crianças ficam em frente à tela. Com a nossa solução, a tela é usada para aprendizagem”, afirma Szyller. Com a parceria, alunos, pais e professores passam a ter acesso a um acervo de cerca de 1.600 atividades, desafios e exercícios de matemática.
A Matific tem uma equipe de 25 pessoas no Brasil e cerca de 200 pessoas pelo mundo. O sistema educacional para aprendizado de matemática foi projetado por professores de matemática, engenheiros de software e desenvolvedores de jogos. O sistema é usado por cerca de 2 milhões de alunos pelo mundo. Nos últimos anos, a startup recebeu cerca de 50 milhões de dólares em investimentos, usados na expansão de sua presença pelo mundo.
O programa anunciado em São Paulo vai transmitir aulas ao vivo, com a possibilidade de interação dos alunos por meio de um aplicativo. O objetivo é reduzir os impactos aos estudantes que já estão há quinze dias fora da escola. O programa é voltado para 3,5 milhões de alunos no total.