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Startup Descomplica levanta US$5 milhões em novo round

A missão da empresa é ensinar português, matemática, história e afins para jovens do Ensino Médio por meio de aulas gravadas

Marco Fisbhen, fundador do Descomplica: site de vídeo-aulas recebe segunda rodada de investimentos liderada por fundo do Vale do Silício (Guillermo Giansanti)

Marco Fisbhen, fundador do Descomplica: site de vídeo-aulas recebe segunda rodada de investimentos liderada por fundo do Vale do Silício (Guillermo Giansanti)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 19h39.

Quanto vale uma boa educação? No caso do Descomplica, startup carioca que oferece aulas em vídeo, simulados e correção de questões, a dedicação aos estudos acaba de render 5 milhões de dólares. Esse é o valor arrecadado pela empresa em sua segunda rodada de investimentos.

“Fechamos o round em dezembro, mas só agora estamos anunciando”, disse a INFO Marco Fisbhen, professor de física que fundou o Descomplica em 2012.

A missão da empresa é ensinar português, matemática, história e afins para jovens do Ensino Médio por meio de aulas gravadas.

Centenas de vídeos são gratuitos, mas para ter acesso a todos os arquivos e a serviços de tira-dúvidas e correção de redação é preciso assinar pacotes a partir de R$9,90 por mês.

Todo o conteúdo é dado à distância por meio de uma plataforma virtual, por onde passaram mais de 3,5 milhões de alunos no ano passado. Somente na véspera do Enem, mais de 116 mil alunos assistiram às aulas de revisão.

O Descomplica já havia recebido 2 milhões de dólares na chamada Série A, a primeira rodada de investimentos. Agora, todos os investidores inicias injetaram mais dinheiro para a Série B – sinal de que continuam acreditando na empresa.

O round foi liderado pela Social+Capital Partnership, um dos principais fundos do Vale do Silício com foco em educação e saúde. Além de outros fundos, como Valar Ventures, Valor Capital Group e 500 Startups, o Descomplica recebeu dinheiro por meio de um novo modelo criado pelo Angel List.

O grupo de investidores-anjo, pessoas físicas que normalmente colocam quantias menores em startups antes da Série A, começou a formar parcerias com investidores maiores que apoiam suas apostas. O modelo, chamado Syndicate Investment, nunca havia sido aplicado pelo grupo fora dos Estados Unidos.

Com o dinheiro arrecadado, Fisbhen tem três metas principais. A primeira delas é melhorar a experiência do usuário com a contratação de um time mais experiente. Em segundo lugar está o desenvolvimento de soluções mobile que aproveitem a experiência de segunda tela. Por fim, a startup pretende investir em conteúdo diferenciado.

No ano passado, a empresa lançou a série de vídeos “Descomplica na Estrada”, filmada em diferentes biomas brasileiros. “Agora vamos começar as filmagens internacionais. Teremos um professor de matemática e um de filosofia juntos na Grécia. Um de história e de geografia falando das revoluções europeias em Londres e Paris”, diz Fisbhen.

Todas as mudanças envolvem a contratação de mais profissionais. O time, hoje com 94 pessoas, já não cabe na atual sede da empresa. Em três semanas, parte da equipe se muda para uma segunda casa alugada no Rio de Janeiro que deve abrigar os novos estúdios que permitem a gravação de três aulas simultaneamente. Não é preciso assistir às aulas de matemática para perceber que algo está dando certo.

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