Ademir se encantou pelo comércio quando vendia pirulitos para colegas de escola (ASN/Edmar Wellington)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2012 às 10h39.
Goiânia – Aos seis anos de idade, quando levava pirulito caseiro para vender na escola, Ademir Morais Costa, 34 anos, se apaixonou pelo comércio. De lá para cá vendeu de tudo, de milho verde na feira a cachorro-quente em festas. Porém, o emprego em um banco adiou o sonho do próprio negócio, que era influenciado pelo pai, também dono de uma loja de revenda de artesanato. Ao montar a Cerrado Artesanato e Móveis, três anos atrás, o ex-bancário transformou em realidade o sonho acalentado desde a infância.
"Praticamente tudo que faturo nas lojas eu reinvisto. Está tudo aqui dentro. Vou fazer crescer o bolo para, mais na frente, tirar um pedaço maior", afirma. Além dos R$ 12 mil iniciais do negócio, Ademir calcula que já tenha colocado, entre financiamentos e dinheiro próprio, cerca de R$ 200 mil nas duas lojas. "Só na última reforma foram R$ 30 mil", lembra Ademir, que precisou modernizar a matriz para aumentar a clientela.
Questionado se valeu a pena deixar para trás a jornada diária de oito horas, folgas todos os sábados e domingos e 30 dias de férias remuneradas por ano ele responde: "No banco tinha diretriz para tudo, deixava a gente engessado. E sempre gostei de fazer as coisas do meu jeito. Hoje, trabalho muito, mas satisfeito. Vale a pena ter o próprio negócio. A gente tem de trabalhar por dinheiro, é claro, para melhorar de vida, mas trabalhar também porque gosta. Isso é essencial".
O empreendedor participou de palestras do Sebrae em Goiás na área de gestão de vendas e, agora, tem planos de expandir o negócio, abrindo novas unidades. Além de trabalhar com compra e venda de peças de artesanato, a Cerrado é conhecida por trabalhar também com objetos de demolição. Segundo Ademir, o grande objetivo da empresa é fazer uso de recursos da natureza dentro dos padrões de sustentabilidade.
A única madeira que o empreendedor utiliza em seus produtos é proveniente de demolições. A loja também oferece artesanato de diversas partes do Brasil, escolhidas a dedo pelo dono, que faz várias viagens pelo país para comprar os produtos. Os preços variam de acordo com o tipo de peça e o tamanho. Um dos objetos mais procurados pela clientela, o Divino Espírito Santo, pode ser encontrado por preços entre R$ 5 e R$ 1,5 mil.