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Receita dos pequenos negócios em alta pelo 5º mês consecutivo

Crescimento atinge todos os setores de atividade, segundo pesquisa feita pelo Sebrae/SP

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

São Paulo - As micro e pequenas empresas (MPE) do estado de São Paulo registraram crescimento no faturamento real de 12,9%, em fevereiro de 2010, na comparação com o mesmo mês em 2009. Trata-se do quinto mês consecutivo com aumento na receita real, no comparativo com o mesmo mês do ano anterior.

O resultado está no último relatório da pesquisa 'Indicadores de Conjuntura das MPEs', que traz as taxas e os valores absolutos de faturamento real e as expectativas dos pequenos negócios, divididos por setores (comércio, indústria e serviços) e regiões (capital, interior, Grande ABC e Região Metropolitana de São Paulo). A pesquisa está publicada no portal do Sebrae em São Paulo.

A pesquisa é realizada mensalmente pelo Sebrae/SP, com apoio da Fundação Seade, junto a 2,7 mil micro e pequenas empresas do comércio, indústria de transformação e prestadoras de serviços de todo o estado, amostra representativa dos 1,3 milhão de MPE da indústria da transformação, comércio e serviços.

Em fevereiro deste ano, todos os setores apresentaram crescimento de faturamento: indústria (22,4%), comércio (10,7%) e serviços (10,5%) comparados a fevereiro de 2009..

Na evolução de janeiro para fevereiro de 2010, o faturamento teve alta de 2,3%. Com esses resultados, as MPE fecharam o 1º bimestre de 2010 com aumento de 9,6% na receita real, sobre o 1º bimestre de 2009. A receita total das pequenas empresas em fevereiro de 2010 é avaliada em R$ 21,8 bilhões, levando em conta o universo de 1.326.354 de micro e pequenas empresas no estado. A estimativa do faturamento médio por empresa em fevereiro de 2010 foi de R$ 16.445,71.

Para o superintendente do Sebrae em São Paulo, Ricardo Tortorella, o resultado do estudo está associado à retomada das atividades das empresas de micro e pequeno porte: "O ritmo é de recuperação econômica. É um momento oportuno para ampliar o ambiente favorável aos pequenos negócios, com instrumentos como desburocratização, microcrédito e políticas de compras governamentais".

Neste sentido, o Sebrae/SP vem promovendo esforços para que os municípios regulamentem suas leis gerais para as MPE. "No estado de São Paulo, 102 municípios já regulamentaram a legislação em favor dos pequenos negócios", assinala o superintendente.


Regiões

O interior de São Paulo teve o melhor desempenho no comparativo de fevereiro entre 2009 e 2010 com aumento de 14,5% no faturamento. Nas demais regiões analisadas pelo estudo, permanece o viés de alta: Município de São Paulo (13,3%), Região Metropolitana de São Paulo (11,4%) e Grande ABC (10,7%)

Expectativas

Quanto às expectativas para os próximos seis meses, 35% dos proprietários de MPE declararam esperar aumento no faturamento da empresa e 52% informaram esperar manutenção no nível de receita do negócio nos próximos seis meses. Em março de 2010, a proporção dos informantes que não souberam avaliar como evoluirá a receita da empresa subiu a 11%, diante dos 6% constatados em fevereiro.

Segundo o Sebrae/SP, é provável que a tendência de aumento dos juros básicos (taxa Selic) e as turbulências nas economias do sul da Europa tenham contribuído para esse aumento no nível de incerteza. De acordo com o consultor do Sebrae/SP, Pedro Gonçalves, apesar desse aumento da incerteza, os proprietários de micro e pequenas empresas se mantêm relativamente otimistas, inclusive quanto ao nível de atividade na economia: 88% dos proprietários de MPE acreditam em manutenção ou melhora no nível de atividade econômica.

Em São Paulo, existem 1,3 milhão de micro e pequenas empresas, 98% do total de empresas formais, que ocupam de cinco a seis milhões pessoas, 67% do pessoal ocupado no setor privado. Nas entrevistas para composição dos Indicadores Sebrae/SP são entrevistados proprietários de 2.716 micro e pequenas empresas, em parceria com a Fundação SEADE (Sistema Estadual de Análise de Dados).

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