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Quantas horas devo dedicar à operação de uma franquia?

Especialista afirma que o empreendedor não deve entrar em uma franquia acreditando que vai trabalhar menos

Pessoa trabalhando com freelancer (Maximkostenko/Thinkstock)

Pessoa trabalhando com freelancer (Maximkostenko/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2015 às 11h48.

Quantas horas diárias devo dedicar à operação de uma franquia?
Respondido por Lyana Bittencourt, especialista em franquias

Muitas pessoas quando optam por abrir um negócio próprio ou comprar uma franquia, acabam se iludindo com o que lhes é apresentado como pontos positivos da empreitada.

No caso das franquias, muitos empreendedores não se atentam a detalhes que são fundamentais no processo de decisão. Um deles é o quanto do tempo desse profissional deve ser investido no negócio para que ele passe pelos estágios de desenvolvimento de sua unidade e tenha sucesso.

Operar uma franquia não é diferente do que operar um negócio independente. O empreendedor que investiu na franquia deseja obter o retorno do capital investido no menor tempo projetado. E isso só será possível com muita dedicação. Quanto de dedicação? Lamento dizer que deve ser, no mínimo, de oito a 12 horas por dia.

O empreendedor não deve entrar em uma franquia acreditando que vai trabalhar menos e que os resultados virão sem muito esforço. Pelo contrário, até que a equação financeira seja positiva, é preciso muita dedicação e trabalho.

Antes de investir no negócio, o franqueado precisa ter em mente que os dois primeiros anos de operação não serão fáceis. Anos esses, que vão exigir muita dedicação, equilíbrio e persistência da parte dele. Apesar de ser franquia, não é possível prever o que pode ocorrer.

Por exemplo, uma simples mudança na carga tributária pode ter um impacto grande no negócio e que exigirá ações emergenciais. Ou o desempenho de vendas pode não ocorrer como foi projetado.

Portanto, no sistema de franchising existe algo que o empreendedor conta forte a seu favor, e que faz uma grande diferença em relação a empreender de forma independente, ele conta com o apoio e orientação da franqueadora durante todo o período da relação contratual com essa empresa.

Cabe à equipe da franqueadora, treinar, transferir know-how, acompanhar o franqueado e orientá-lo para que ele atinja os resultados projetados em sua unidade e evite cometer erros que possa levá-lo ao fracasso. O que é muito diferente de começar um negócio sem experiência e com risco de perder o capital investido.

O quanto o empreendedor se dedica tem uma relação direta com o sucesso do negócio. O velho ditado “o olho do dono é que engorda o gado” é válido para as franquias também. Bom trabalho!

Lyana Bittencourt é sócia e diretora de marketing e desenvolvimento do Grupo Bittencourt.

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