SÃO PAULO: a cidade ainda é a mais reconhecida do país para negócios (Germano Lüders/Exame)
Mariana Fonseca
Publicado em 1 de outubro de 2018 às 06h00.
Última atualização em 1 de outubro de 2018 às 19h54.
São Paulo - Na hora de abrir uma startup, o primeiro estado imaginado pelos empreendedores é São Paulo. Por mais que novos polos tecnológicos pipoquem por todo o país, a cidade ainda é referência em negócios - e em diversidade de bairros. Na imensa São Paulo, qual é exatamente o melhor lugar para sediar um negócio inovador de sucesso?
Essa é a pergunta que a plataforma digital de recrutamento Revelo queria responder. A empresa desenvolveu um mapa de calor dos empreendimentos tecnológicos espalhados pela cidade, baseado na atividade das 500 empresas paulistanas cadastradas na plataforma.
A liderança ficou com o bairro de Pinheiros, com 14,56% da concentração de atividades. Em seguida estão os bairros Vila Olímpia, com 10,86%, e o Itaim Bibi, com 9,25%. Segundo a Revelo, a “atmosfera cool” do chamado Baixo Pinheiros abriga startups como Gympass, Lawsoft, Liv Up, Lumini IT Solutions, Worldpackers e ZBRA Soluções. O local desperta o interesse de jovens que “buscam empregos em lugares criativos e com um propósito de vida”.
Já a região da Vila Olímpia e Itaim Bibi abriga principalmente startups com interesse em se aproximar de grandes empresas para serem concorrentes ou parceiras. É o caso de fintechs e lawtechs, por exemplo. O espaço também abriga coworkings importantes para essa conexão entre pequenos e grandes, como unidades do WeWork e o espaço de inovação do Itaú Unibanco, chamado de Cubo. No Brooklin, um bairro próximo, está a sede da gigante de tecnologia Microsoft.
Por fim, a Avenida Paulista, por ser uma região muito central da cidade de São Paulo, também concentra muitas empresas e startups. A avenida e bairros próximos, como Bela Vista e Jardim Paulista, abrigam unidades do WeWork, a aceleradora ACE e o espaço de inovação do Bradesco, chamado de InovaBra.
"Um dos principais fatores que fazem com que essas áreas sejam povoadas por grandes empresas de tecnologia é a facilidade de acesso. Todo o caminho da Avenida Paulista, seguindo para Pinheiros, e descendo pela área do Largo da Batata é recheado por linhas de metrô. Além disso, são regiões jovens e de fácil acesso a bares, restaurantes, universidades e opções de estudo e lazer", comenta Lucas Mendes, cofundador da Revelo, no comunicado sobre o estudo.
A lista dos dez bairros que mais enviaram convites para desenvolvedores está abaixo:
Bairro | Porcentagem de atividade |
---|---|
Pinheiros | 14,56% |
Vila Olímpia | 10,86% |
Itaim Bibi | 9,25% |
Brooklin | 8,06% |
Bela Vista | 7,05% |
Jardim Paulista | 4,32% |
Vila Mariana | 3,93% |
Centro | 3,45% |
Jardim São Luís | 3,41% |
Chácara Santo Antônio | 2,29% |
Outros | 32,08% |
Além das três regiões principais, a Revelo destaca a área próxima da Marginal Pinheiros, perto da Universidade de São Paulo. Ali ficam localizados o Villa Lobos Office Park, condomínio que abriga empresas de tecnologia como o iFood, e o Vista Verde Offices, prédio que abriga a Apto.vc, por exemplo.
Confira também o mapa das regiões com as startups mais quentes de São Paulo. A intensidade da cor reflete o nível de movimento de contratação, especialmente de desenvolvedores:
Dentro da região de Pinheiros, a Revelo afirma que os profissionais mais procurados para atuar no segmento de desenvolvedores são os full-stack, com 39,21% das procuras, seguido por back-end (33,72%), mobile (13,58%) e front-end (11,78%).
Na análise geral do mapa de calor, os profissionais mais procurados são full stack, com 36,93%, e back-end, com 36,13%. Depois vêm os talentos em mobile (13,63%), front-end (11,49%) e product owner (1,82%).
Segundo o Relatório de Salários de Tecnologia, outro estudo da Revelo, os desenvolvedores lideram o ranking, recebendo 6.400 mil reais mensais em média. São Paulo é a cidade que mais valoriza o profissional desenvolvedor.
A média de salário na capital paulista para esse tipo de profissional é de 6.722 reais. Logo depois aparece a carreira de business intelligence, que recebe 6.241 reais, seguida por design UX/UI, com 5.466 reais, e marketing online, com média de 4.588 reais.