São Paulo - “Mentoring” é um termo normalmente traduzido como “tutoria”, “mentoria”, ou “apadrinhamento”. Mas qual o significado desta palavra cada vez mais presente no mundo dos negócios?
Escrita no século VIII a.c., Odisseia, a famosa obra de Homero, já mencionava a importância deste conceito para a humanidade. Ao partir para a conquista de Tróia, Odisseu sabia que iria ficar muito tempo longe de sua casa e de sua família. Temendo pelo que pudesse acontecer, ele deixou sua propriedade, família e esposa sob os cuidados do amigo, Mentor, pessoa de sua confiança. Nos dias de hoje, podemos classificar um mentor como um guia, conselheiro ou pessoa com vasta experiência profissional.
Vêm crescendo o número de programas, eventos e iniciativas que aproximam startups de mentores com experiência no mercado para que haja troca de conhecimento e experiências.
O objetivo do mentor é provocar questionamentos, contribuir com novas perspectivas e expertise, além de compartilhar informações relevantes sobre o mercado e também evitar que os novos empreendedores cometam os mesmos erros cometidos por eles no passado.
Na semana passada, o Startupi acompanhou de perto sessões de mentoria no Circuito Startup, um tradicional evento que acontece em várias cidades do Brasil.
Thiago Zequi (empreendedor) estava lá e contou para o Startupi que sempre trabalhou em grandes empresas e há dois meses decidiu empreender. “Eu queria empreender, mas sem arriscar meu patrimônio, me descapitalizar e não sabia por onde começar”.
Por isso, ele começou a participar de eventos como este para conversar com os mentores e descobriu que realmente existem pessoas dispostas a ajudar, serem parceiras e que tornam o caminho do empreender mais inteligente e com menos riscos.
Thiago de Carvalho, Country Manager da Clinton Education, foi um dos mentores e afirma que durante toda a nossa vida, tanto pessoal quanto profissional, estamos naturalmente em contato com mentores sem perceber.
“Se você quer ser um empreendedor e ainda não tomou uma iniciativa para procurar alguém com mais experiência, vá já para uma mentoria! Não existe uma etapa certa para iniciar nesse processo, só de você ter uma ideia, já pode começar!”, reforça Thiago.
Paulo Quirino, Tecnology Intelligence Analyst da Samsung, conta que a mentoria ajuda o empreendedor em todas as fases do projeto.
“O mentor conseguirá orientar a pessoa que só tem a ideia, mostrando a forma certa de evoluir, indicando livros e canais para seguir e também auxiliando em como encontrar desenvolvedores para desenvolver o produto”.
Muitos empreendedores tem uma ideia e acabam se fechando para desenvolver todo o produto sozinho e, na hora de validar, eles descobrem que o produto não tem aderência ao mercado. Isso por que ele nunca questionou ou pediu ajuda para saber se estava no caminho certo. “Por isso, a mentoria é fundamental; evita erros, gasto de tempo e dinheiro, utilizando o conhecimento de outras pessoas que já passaram por aquilo e podem auxiliar”, afirma Paulo.
Juan Bernabó, CEO da Germinadora, destaca um ponto muito interessante que acontece durante a mentoria. “Muitas vezes, o empreendedor busca ajuda para um determinado tema, quando na verdade seu problema é completamente outro. Com a mentoria, você vai descobrir qual é realmente o problema do seu negócio”.
Vitor Kawamura, CEO da Triple Seven Accelerator, passou por mentoria no Vale do Silício e contou que o número de eventos que unem startups com mentores é muito grande e que chegou a participar de até dois no mesmo dia. “Pela quantidade de eventos, facilita com que a gente encontre metores e faça muito mais networking”.
Um fato curioso que ele destaca é que, muitas vezes, o mentor acaba se tornando mentor do empreendedor e não da startup. Quando isso acontece, o mentor acaba acompanhando o empreendedor durante muito tempo, não apenas durante o desenvolvimento de um único projeto.
Aqui no Brasil, estamos desenvolvendo o ecossistema e precisamos de tempo para amadurecer, mas já evoluímos muito e com certeza estamos no caminho certo. Um exemplo disso é o número de eventos que promovem encontros de startups com mentores e, mais que isso, o quanto este tipo de encontro reduz o tempo de erros por parte do empreendedor.
Para Geraldo Santos, sócio da DEMO Brasil, que atuou como mentor neste evento, “diferente de dez ou quinze anos, quando não existiam programas organizados de aceleração e mentoria, tínhamos que correr atrás muitas vezes sozinhos. Isso gerava perda de tempo e dinheiro, pois muitas startups falham devido à falta de experiência ou por nunca ter vivido aquela situação. Hoje, os empreendedores têm todo apoio necessário para reduzir o tempo de falhar, isso é muito importante para antecipar o fracasso e acelerar o sucesso; reduzir investimentos e antecipar etapas”, afirma.
Tiago Asevedo, Fundador do Circuito Startup, contou que, durante uma viagem, conversou 10 minutos com um empreendedor e no final da conversa ouviu que tinha mudado a vida daquela pessoa. Foi aí que percebeu que 10 minutos de conversa com uma pessoa mais especializada acelera e muito o aprendizado do empreendedor e então resolveu trazer essa ideia para o evento.
Entre algumas dicas dos mentores, destacamos:
Seja claro sobre sua proposição de valor
Diferenciação e uma forte proposta de valor são fundamentais. Você precisa ser claro sobre o que é seus produto, o que ele faz, qual seu mercado alvo, qual o potencial deste mercado e o que você precisa do mentor, quais são suas dúvidas, liste e separe tudo de acordo com a área de atuação. Não adianta querer ajuda de mentores para um assunto financeiro ou jurídico por exemplo, se não é a especialidade dele. Primeiro busque todas estas respostas para depois procurar ajuda de mentores.
Tenha um passo claro e conciso
Obter o investimento certo e investidores para um novo negócio pode ser uma tarefa difícil. Por isso, construir relacionamentos certos tem um papel fundamental.
Clareza no pitch é fundamental para garantir que a ideia seja simples para os investidores entenderem e comprarem.
Normalmente, você tem cinco minutos para causar uma boa impressão e conseguir dar sequência no relacionamento com o investidor ou não. Muitas vezes, os empreendedores falham e colocam muita ênfase em pedir dinheiro, em vez de demonstrar o que é que eles vão fazer com ele.
No momento em que os investidores estão vendo retornos mais lentos em seus investimentos, os empreendedores precisam ser capazes de identificar claramente os pontos essenciais para o negócio – como o fortalecimento da gestão, ganhar prêmios e garantir um cliente suficientemente impressionante – em uma tentativa de delinear as expectativas de ROI e os resultados.
Priorize o seu tempo e foco
Um grande negócio muitas vezes pode estar na esquina ao lado. No entanto, as apostas fora do lugar – em termos de tempo e foco – podem ser extremamente caras.
Por exemplo, tentar relacionar-se com grandes empresas – ovender para elas ou simplesmente buscar uma parceria com elas – exige uma avaliação cuidadosa, pois pode levar meses até dar resultados.
Por isso, o empreendedor precisa estar preparado para isso antes de sair batendo nas portas. Nesse aspecto, um mentor que atua no mercado corporativo pode ser uma grande facilitador e orientador para se alcançar as metas mais facilmente.
O que parece uma oportunidade quente hoje pode muito facilmente esfriar, pois as prioridades mudam.
Muitas das decisões que são feitas nos estágios iniciais de um desenvolvimento de negócios terão consequências sobre seu futuro a longo prazo. Por isso, deve-se priorizar onde os empreendedores vão concentrar os seus esforços e a quantidade de tempo gasto com eles. Isso é absolutamente fundamental.
Enquanto os empreendedores querem e precisam estar antenados às oportunidades, também as vezes precisam dar um passo para trás e considerar o custo de oportunidade envolvido. Gerenciamento de tempo e priorização são absolutamente essenciais para qualquer empreendedor. Esta é uma área onde mentores de negócios pode realmente agregar valor.
Gerencie as expectativas sobre o processo de mentoria
Um mentor experiente pode ajudar a fornecer aconselhamento imparcial e apoio. Mas é importante entender e reconhecer o papel do mentor. Por exemplo, se você falar com 10 mentores diferentes, dificilmente todos terão a mesma opinião ou lhe darão as mesmas dicas.
Cada um pode ser especialista em um tema diferente: desenvolvimento de canais, go to marketing, modelo de negócios, parcerias etc. Por isso, é importante saber ouvir, discutir com sua equipe e tomar as decisões para onde seguir. O papel do mentor é sempre ajudar o empreendedor a tomar decisões mas nunca fazer isso por ele.
Além disso, o papel do mentor é muito valioso para gerar oportunidades de networking e relações comerciais com potenciais clientes. Por isso, esteja sempre atento a isso durante o processo de mentoria pois muitas vezes isso vale muito mais do que dinheiro de investidor.
Garantir que ambas as partes compreendem claramente as metas e as expectativas de cada um é vital para tirar o máximo partido da parceria entre mentor e empreendedor.
Mas o que leva os mentores, na maioria das vezes voluntários, a querer ajudar os novos empreendedores? Satisfação em ajudar o próximo e passar para frente o conhecimento! Conversando com diversos mentores, estas foram algumas repostas que mais ouvi.
“Faço o que eu gostaria que alguém tivesse feito por mim há 15 anos atrás. Eu quebrei a cabeça, perdi carro, apartamento e tempo desenvolvendo produtos que não vingaram. Quero ajudar as pessoas a não passarem por isso, facilitar a vida dos empreendedores e contribuir para o ecossistema”, afirma também Juan Bernabó.
“Quando comecei a empreender, eu tinha um mentor que me ajudou por que uma outra pessoa tinha o ajudado, então eu vou te ajudar, para você ter sucesso e um dia poder ajudar alguém também”, finaliza Vitor Kawamura.
Os mentores também aprendem com os novos empreendedores e podem avaliar o mercado para saber das novas tendências e muitas vezes localizam empresas para investir ou virar sócio.
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1. Conectado
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1/27 (BartekSzewczyk/Thinkstock)
São Paulo - O Brasil conta com 45 milhões de
empreendedores,
segundo estudo da Global Entrepreneurship Monitor para 2014. E muitos deles veem os
negócios digitais como um bom ramo para abrir seu negócio, tendo como inspiração redes sociais e aplicativos de
sucesso.
Porém, ter um empreendimento online não é tão simples como pode parecer, já que esse segmento possui características bem específicas.
Por isso, listamos nesta galeria 25 conselhos de empreendedores que trabalham no ramo e já aprenderam, na prática, o que significa ter um negócio digital.
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2. Avalie se você tem o emocional para entrar no ramo
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2/27 (Aquarela Comunicação/Divulgação)
André Santos, de 39 anos, é fundador e diretor de produtos da plataforma Atende Simples, que oferece soluções em gestão de telefonia. "É importante destacar que empreender no mundo online é uma viagem incrível. Mas não é para todos", decreta o empreendedor. "É preciso ter muita perseverança, dedicação, paciência e... Estômago. Seu estado emocional vira uma montanha russa, indo do êxtase à depressão em poucos minutos".
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3. Estude as condições de desenvolvimento do seu negócio
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3/27 (Divulgação)
Bruno Aracaty, de 31 anos, é o cofundador da Colab.re, uma rede social que permite aos cidadãos fiscalizar, propor melhorias e avaliar a qualidade de serviços e instituições públicas. "É importante estar atento para soluções preexistentes que estejam dominando o mercado; se a tendência de longo prazo aponta para o aumento do problema que o negócio pretende resolver; e se você terá os recursos financeiros necessários para andar o bastante até seu negócio passar a ter fluxo de caixa positivo ou atrair investimentos", avalia Aracaty.
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4. Foque no seu produto antes de pensar em investimentos
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4/27 (Divulgação)
Tiago Dalvi tem 29 anos e é CEO da Olist, serviço que permite o cadastro e venda de produtos em grandes e-commerces, e também da Solidarium, site que comercializa produtos artesanais.
O empreendedor recomenda não focar no investimento primeiramente, mas sim na construção de um MVP (mínimo produto viável) eficiente. "O investimento será resultado deste trabalho. Você terá mais segurança para negociar termos melhores", recomenda. "O melhor planejamento para um negócio online é saber se, na prática, ele irá funcionar".
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5. Inspire-se em exemplos mais concretos
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5/27 (Divulgação)
Alex Barbirato tem 46 anos e é CEO da incube, desenvolvedora de startups como KiiK, Vá de Táxi e 99Motos. O empreendedor recomenda analisar as experiências de pequenas e médias empresas que foram mal sucedidas. "Facebooks, Ubers e Twitters são exceções, não regras", afirma. "Também crie um plano de negócios voltado para o modelo de monetização", diz. Para ele, o valor de uma empresa não pode ser medido apenas pelo seu potencial, mas se é sustentável.
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6. Não fique esperando a plataforma perfeita para começar
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6/27 (Felipe Dib/Divulgação)
Felipe Dib, de 27 anos, é fundador e diretor da plataforma de ensino online de inglês Você Aprende Agora. Segundo o empreendedor, não existe uma plataforma perfeita. "Você precisa lançar o que estiver ao seu alcance naquele momento e implementar melhorias de maneira contínua", avalia. Se você não tem dinheiro para começar um negócio, Dib recomenda abrir com uma ferramenta grátis. "As pessoas gostaram? Melhore! Muita gente aderiu? Profissionalize".
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7. Teste o seu modelo de negócios (e não só no começo)
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7/27 (Divulgação)
Gabriel Monteiro, de 27 anos, é o CEO do Shopgram, um aplicativo de vendas que permite descobrir novos produtos e vender diretamente no Instagram e no WhatsApp. O empreendedor diz que uma das partes mais importantes de um negócio é testar seu modelo de negócios exaustivamente. "Quando ainda for uma ideia, critique-se e ouça críticas de todas as partes. Quando começar a desenvolver o produto, vá para rua e veja as pessoas testando. Quando fizer o lançamento, colha feedbacks e desenvolva o produto a partir disso", recomenda. "Não adianta criar algo super inovador mas que ninguém esteja disposto a usar".
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8. Saiba que ter um aporte não é garantia de sucesso
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8/27 (Divulgação)
Matias Recchia tem 33 anos e é CEO e cofundador do IguanaFix, site de busca e contratação de serviços para manutenção, consertos e reformas para casas ou escritórios. "Muitas empresas divulgam o dinheiro conseguido em rodadas de investimento. Isso é um passo importante na história de uma empresa, mas obter o financiamento não lhe dá garantias de nada", afirma o empreendedor. "Cada dólar que você consegue de investimento é um dólar que precisa render para os investidores. Considere levantar dinheiro como uma responsabilidade e um meio para cumprir os objetivos do seu empreendimento e não como um objetivo final".
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9. Tenha uma vantagem competitiva
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9/27 (Divulgação)
Tiago Delgado tem 38 anos e é sócio fundador do Medicina Direta, um serviço de infraestrutura digital para clínicas do ramo. Segundo o empreendedor, seu negócio precisa ter uma vantagem competitiva. "O serviço online precisa oferecer algum benefício melhor que os concorrentes. Por exemplo, ser mais barato, ter qualidade superior, entregar mais rápido e ter mais variedades", conta. "É importante saber o que o consumidor online valoriza e entregar este benefício da maneira mais relevante possível nesse ambiente".
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10. Foque em um nicho
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10/27 (Divulgação)
Leandro Baptista tem 29 anos e é fundador e diretor comercial do Axado, plataforma de gestão de fretes. O empreendedor recomenda focar em um nicho específico. "Cada nicho tem o seu comportamento, cultura e linguagem. Portanto, saber se comunicar com o seu público-alvo é o primeiro passo para a aquisição dos primeiros clientes", afirma.
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11. Saiba que crescer não é tudo
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11/27 (Divulgação)
Alex Todres tem 34 anos e é sócio fundador da Viajanet, buscador para serviços de viagens pelo menor custo. "No meio online, é muito fácil o empreendor se perder olhando somente para o crescimento da empresa", afirma o empreendedor. "Nem tudo é crescimento e, em muito momentos, é melhor abrir mão do crescimento para ter uma melhor rentabilidade".
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12. Busque uma boa equipe
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12/27 (Divulgação)
O engenheiro Jordi Ber tem 38 anos é fundador e CEO da Habitissimo, startup de obras e reformas online. "Para mim, é muito importante ter uma equipe que complemente minhas habilidades, porque é impossível que uma pessoa só faça tudo. Além do mais, como equipe, somam-se conhecimentos e os debates internos são saudáveis e muito importantes. Você não está sozinho no processo de tomar decisões. E, se está buscando investimentos, é melhor assim, porque os investidores não investem em um empreendedor 'Superman', investem em equipes", afirma.
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13. Arranje bons mentores
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13/27 (Divulgação)
Federico Vega tem 34 anos e é o CEO da Sontra Cargo, plataforma que conecta caminhoneiros autônomos a fretes via web e aplicativo para Android e iOS. "Os negócios digitais são difíceis porque, quando eles crescem, isso acontece muito rápido e qualquer erro pode custar dez vezes mais dinheiro e esforço para consertá-lo do que com negócios tradicionais", diz o empreendedor. "Portanto, é sempre recomendado encontrar mentores com experiência que possam te guiar nas águas escuras".
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14. Não pense que tudo é automatizável
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14/27 (Lucas Biffi/Divulgação)
Fernando Gadotti (à direita na foto) tem 30 anos e é co-fundador e diretor de operações da DogHero, plataforma que presta serviço 100% online para hospedagem de cachorros. Segundo o empreendedor, as tarefas manuais são muito importantes no início de negócios online. "A ideia de que tudo é automático muitas vezes é falsa. Saia de frente do computador e vá conseguir você mesmo, o fundador, os primeiros clientes", recomenda.
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15. Busque sempre inovar
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15/27 (Divulgação)
Rodrigo Rocha, de 38 anos, é o fundador do Rede Cotação, um negócio online que faz cotações via internet, oferecendo economia de tempo e dinheiro para lojistas e pequenas empresas. "Aprendi que uma empresa deve se preocupar continuamente com a inovação; o risco de se tornar obsoleto, no meio online, é muito alto", afirma o empreendedor. "A concorrência é grande, então aquele que não se diferencia e não busca conhecer melhor a demanda do cliente é facilmente deixado de lado".
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16. Tenha um trabalho inteligente de divulgação online
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16/27 (Divulgação)
Victor Santos tem 28 anos e é CEO da Negocioteca, consultoria online que auxilia empreendedores que têm problemas com vendas, finanças, atendimento, recursos humanos e produtividade. O empreendedor recomenda aparecer para seu público-alvo continuamente nos canais onde eles estão online. "Isso é essencial para que as pessoas certas passem a conhecer sua empresa a fim de fazer negócio, seja agora ou num futuro próximo", diz. "O site é como uma vitrine. Para que as pessoas olhem, é preciso que elas saibam onde sua loja está. Isso se faz realizando um trabalho inteligente de divulgação e tendo estratégias vencedoras para transformar contatos em clientes".
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17. Use a agilidade das redes sociais ao seu favor
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17/27 (Divulgação)
Caio Bretones tem 26 anos e é CEO da Mobile2you, um empreendimento digital para desenvolvimento de aplicativos mobile. Segundo o empreendedor, o meio online permite a quem está por trás do negócio sentir a resposta dos usuários envolvidos na plataforma de uma forma quase instantânea. "Essa é uma das melhores métricas para buscar a evolução. Por meio das respostas e feedbacks instantâneos, você estará a frente e implementará funcionalidades na sua plataforma com agilidade e base para suas mudanças. Não simplesmente realizará mudanças por 'achar' que o usuário precise daquela alteração, mas sim por sentir a necessidade".
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18. Supere a expectativa dos seus consumidores
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18/27 (Divulgação)
Cláudio Ávila tem 41 anos e é CEO da WayTaxi, que oferece serviços nesse ramo de transporte. "Muitos negócios na internet parecem não se dar conta de que há um ser humano do outro lado da tela e que a internet só vai potencializar a quantidade e efeito das experiências vividas pelas pessoas", afirma o empreendedor. "Buscar superar as expectativas dessas pessoas do mundo real deve ser uma obsessão para quem quer ter sucesso no mundo e também no mundo online".
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19. Seja mais do que apenas um intermediador
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19/27 (Divulgação)
Dauton Janota tem 41 anos e é o fundador e CEO da Pleimo, plataforma de streaming de música focada em artistas independentes. O empreendedor recomenda fazer uma ponte direta com o seu cliente. "Pense em algo que não seja intermediar serviços. Quando se é online, a intermediação tem fim pré-datado. Quanto mais direto ao consumidor for a sua ideia, mais chances de sucesso e longevidade sua empresa terá", avalia Janota.
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20. Saiba trabalhar com vários temas
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20/27 (Divulgação)
Marcos Machuca tem 44 anos e é CEO da Lalabee, plataforma para gerir questões trabalhistas de empregados domésticos.
"Esteja preparado para trabalhar com diferentes temas ao mesmo tempo e com muita velocidade", recomenda o empreendedor. "Não basta conhecer apenas de tecnologia, você precisa olhar de frente para seu consumidor e aprender rápido sobre o mercado onde ele está inserido".
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21. Desenvolva métricas
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21/27 (Divulgação)
Gustavo Mota tem 33 anos e é CEO da We Do Logos, empresa que oferece criação de identidade visual para empresas. Segundo o empreendedor, o mais importante para quem quer empreender no meio online é mensurar tudo que é feito. "Não adianta realizar ações sem saber exatamente qual o resultado que aquela atividade está te trazendo. Entenda o seu mercado, como seu cliente compra no seu site e onde ele está na internet", recomenda. "Escolha de quatro a seis métricas chaves que você vai acompanhar diariamente para saber se está no caminho certo".
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22. Invista em atendimento
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22/27 (Divulgação)
Luan Gabellini (à esquerda na foto) tem 25 anos e é sócio-fundador do Betalabs, que oferece um sistema de gestão online de negócios, o ERP Cloud. O empreendedor conta que aprendeu que o atendimento é tão importante quanto o produto. "Apesar de sermos essencialmente uma empresa de software, investimos muito em manter e qualificar um time de atendimento que preste um serviço de ponta para os clientes. Em um mercado competitivo, boa tecnologia é uma necessidade e não um diferencial competitivo", afirma.
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23. Recompense os usuários fiéis
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23/27 (Divulgação)
Dan Strougo tem 33 anos e foi o fundador da LogoChef, mercado de design gráfico online adquirido pela 99designs. Hoje, ele é diretor regional da América Latina na empresa. "Todo negócio digital de sucesso prescinde de uma comunidade para ajudar a impulsioná-lo", afirma o empreendedor. "Qualquer grupo de clientes pode compor a sua comunidade. Trate-a com muito carinho, segmentando os participantes por grau de interação. O Waze faz isso muito bem, alterando o avatar das pessoas que mais contribuem para a rede. Destaque esforços individuais e, principalmente, forneça conteúdo de qualidade e utilidade para estes participantes".
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24. Pense localmente e aja globalmente
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24/27 (Divulgação)
José Jarbas tem 40 anos e é CEO da empresa eCRM123, que oferece um software de administração de relacionamento com os consumidors (CRM). "Uma vez na internet, você compete não só com os concorrentes do seu país, mas com empresas do mundo todo. Não existem fronteiras. Praticamente não existem barreiras de entrada, ao contrário dos negócios tradicionais", afirma o empreendedor. "É necessário pensar localmente e agir de forma global".
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25. Compartilhe conhecimento
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25/27 (In Loco Media/Divulgação)
André Ferraz tem 23 anos e é CEO da In Loco Media, rede de publicidade mobile baseada em localizações indoor. Como dica, o empreendedor recomenda trocar informações. "Não guarde a ideia só para si. O mercado tem muita informação rica que pode ajudar o seu negócio a evoluir mais rápido e a evitar que você cometa erros que já foram cometidos por outros", avalia.
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26. Erre e cresça
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26/27 (Divulgação)
Marcos Leal, de 35 anos, é cofundador da Evino, um e-commerce de vinhos. Um dos aprendizados do empreendedor é o de estar aberto para aprender com os próprios erros e crescer. "Não temos medo de testar novas ferramentas, produtos, abordagens. Lançamos versões reduzidas de projetos, porém que nos ajudam a avaliar a aceitação do cliente e também performance", conta. "Isso nos trouxe muitos aprendizados que valeram por horas de discussões numa sala de reunião".
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27. Tem o sonho de empreender de casa?
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27/27 (Naphat_Jorjee/Thinkstock)